Mattia Binotto, diretor de equipa da Ferrari, admite que a decisão de não renovar o contrato com Sebastian Vettel foi “difícil” de tomar e garante que ficaria “muito feliz” caso o quatro vezes campeão do mundo se juntasse à Mercedes em 2021.
No passado mês de maio, a Ferrari agitou o mercado de pilotos ao anunciar que Vettel não continuaria a fazer parte da equipa no final da temporada de 2020.
Uns dias mais tarde, a equipa confirmou que seria Carlos Sainz a fazer parceria com Charles Leclerc a partir do próximo ano.
Em declarações ao jornal Marca, o líder da equipa de Maranello voltou a falar sobre a saída de Vettel e explicou que a pandemia de COVID-19 alterou os planos da Scuderia.
Quando lhe perguntaram se a decisão tinha sido difícil, Binotto respondeu: “Sem dúvida, por muitas razões. A Ferrari adora o Sebastian como piloto e como pessoa, ele faz parte da nossa equipa, do nosso projeto, portanto nunca é uma decisão fácil.”
“O Seb era a nossa primeira opção e depois o COVID-19 chegou, uma situação que mudou muitas coisas, desde o regulamento ao teto orçamental. Difíceis revisões internas tiveram de ser feitas.”
O italiano negou ainda que a saída de Vettel tenha sido causada pela oferta de um contrato de curto prazo: “Não é verdade. Simplesmente as coisas mudaram, estamos a olhar para um novo ciclo e parece que essa visão não coincidiu com a dele. Não foi por causa do tipo de oferta ou da sua duração.”
Numa altura em que permanece a incerteza relativamente à permanência de Vettel na Fórmula 1 em 2021, Binotto afirmou que gostaria de ver o seu piloto inserido numa das principais adversárias da Ferrari.
“Seria uma perda, porque ele é um piloto adorado e apreciado e seria importante que encontrasse um bom lugar no próximo ano”, acrescentou. “Ouvi rumores de que pode ir para a Mercedes e ficaria muito feliz por ele, ficaria mesmo.”