Mattia Binotto acredita que é injusto rotular Charles Leclerc como um piloto propenso a erros e afirma que a Ferrari entrará para o Grande Prémio da Hungria com o objetivo de assegurar uma dobradinha.
Leclerc, que tinha conquistado a pole position para o Grande Prémio de França, defendeu-se da pressão de Max Verstappen para manter a primeira posição na fase inicial da corrida.
No entanto, quando o neerlandês parou nas boxes e o deixou sozinho na liderança, Leclerc não evitou uma saída de pista que motivou o seu abandono.
“Penso que é um julgamento um pouco injusto”, respondeu Binotto quando confrontado com as sugestões de que Leclerc é um piloto propenso a erros.
“Penso que ele estava certamente a pilotar no limite. Há coisas que acontecem quando estás a pilotar no limite. Tomaremos o nosso tempo para discutir isso com ele e julgar, mas neste momento não há razão para o culpar.”
“Estou bastante seguro de que ele vai aprender. Vimos sempre que o Charles reage muito forte e bem quando comete erros. E estou bastante seguro de que ele vai voltar mais forte e faminto na Hungria.”
Embora a Ferrari tenha saído do fim de semana de Paul Ricard apenas com os pontos referentes ao quinto lugar de Carlos Sainz, Binotto mostrou-se satisfeito com o ritmo do monolugar da Scuderia.
“Foi um bom fim de semana em termos de ritmo e acho que o carro provou ser muito competitivo”, acrescentou. “Penso que a corrida do Carlos também mostrou isso.”
“O Charles conseguiu a pole e estava a liderar a corrida. Acho estávamos em vantagem sobre o Red Bull em termos de degradação na volta 15, e depois o Max teve de parar.”
“Conseguimos prolongar o stint e o Charles voltou a provar que o nosso carro é muito bom e gentil com a gestão dos pneus.”
De acordo com Binotto, a Ferrari procurará recuperar do desaire de Paul Ricard com uma dobradinha em Budapeste.
“Penso que saímos daqui com total confiança no nosso pacote, na capacidade dos nossos pilotos e na nossa rapidez”, referiu.
“Felizmente, temos a Hungria na próxima semana. É importante virarmos a página e olharmos em frente. A Hungria voltará a ser muito quente e será outra vez sobre gestão dos pneus, degradação e sobreaquecimento. Muito similar a Le Castellet.”
“Portanto, diria que há muitas razões para sorrirmos e estarmos positivos. O nosso objetivo para a Hungria não deve ser a vitória, mas sim a dobradinha.”