Zak Brown, diretor executivo da McLaren, diz que a infração dos regulamentos financeiros por parte da Red Bull “constitui batota” e considera que a aplicação de uma multa seria uma punição insuficiente para a equipa de Milton Keynes.
De acordo com a BBC, o norte-americano escreveu uma carta à Federação Internacional do Automóvel onde pede um castigo severo para uma infração que concedeu à Red Bull uma “vantagem significativa”.
O órgão governativo do desporto anunciou há uma semana que a Red Bull incorreu numa violação “menor” dos regulamentos financeiros em 2021, mas ainda não anunciou de que forma abordará essa transgressão.
“Os gastos excessivos e as infrações processuais constituem batota, oferecendo uma vantagem significativa nos regulamentos técnicos, desportivos e financeiros”, lê-se na carta dirigida por Brown à FIA.
“A FIA tem levado a cabo um processo extremamente minucioso, colaborativo e aberto. Foi-nos mesmo dado um ensaio geral de um ano (em 2020), com ampla oportunidade para procurar qualquer esclarecimento se os pormenores não fossem claros. Portanto, não há razões para que qualquer equipa diga agora que está surpreendida.”
“Em última análise, qualquer equipa que tenha excedido os gastos ganhou uma vantagem injusta no desenvolvimento dos carros deste ano e do próximo.”
“Não nos parece que uma penalização financeira, por si só, seja uma sanção adequada para uma violação do limite orçamental ou uma violação processual grave. É claramente necessário que haja uma penalização desportiva nestas situações, tal como determinado pela FIA.”
“Sugerimos que os gastos excessivos sejam penalizados através da redução do limite orçamental da equipa para o ano seguinte, e a penalização deve ser igual ao gasto excessivo mais uma multa adicional – um gasto excessivo de dois milhões de dólares em 2021 e identificado em 2022 resultaria numa dedução de quatro milhões de dólares em 2023 (dois milhões para compensar o gasto excessivo e uma multa adicional de dois milhões).”
“Para contextualizar, dois milhões de dólares é um valor que representa 25-50% do orçamental anual para o desenvolvimento do carro, pelo que teria um benefício significativo e duradouro.”
“Para além disso, acreditamos que deviam ser impostas pequenas penalizações desportivas por gastos excessivos – uma redução de 20% no CFD e no tempo de túnel de vento. Estas penalizações devem ser aplicadas no ano seguinte, para mitigar a vantagem injusta que a equipa tem e da qual continuará a beneficiar.”