Mattia Binotto, diretor de equipa da Ferrari, acredita que a formação de Maranello conseguiu recuperar os 25 cavalos de potência que a separavam da concorrência em 2021.
Os dados recolhidos pela Scuderia durante os seis dias dos testes de pré-temporada apontam para um passo em frente ao nível da unidade motriz, área que se revelou uma fragilidade para a equipa nos últimos dois anos.
Este inverno, a busca por potência extra ganhou particular importância devido ao congelamento do desenvolvimento dos motores até à temporada de 2025.
“Sabendo que a partir deste ano os motores serão congelados para as próximas quatro temporadas, era obviamente importante começar com uma unidade motriz que não tivesse nenhuma diferença de desempenho em relação à concorrência”, disse Binotto. “No final da temporada passada, tínhamos uma diferença de 20-25 cavalos de potência, pelo que o primeiro objetivo era anular esta margem.”
“Neste momento ainda não somos capazes de compreender quais são os valores em pista, uma vez que as medições que fazemos utilizando o sistema GPS têm uma certa precisão, mas não são super precisas. São também influenciadas pelo peso do carro, e sem estes dados a estimativa é difícil.”
“Quando estamos num fim de semana de corrida, há certos momentos, como na qualificação e no início da corrida, em que sabemos o peso dos carros dos adversários. Mas durante os testes, estes dados não estão obviamente disponíveis.”
“Depois, há também o efeito da aspiração, pelo que é necessário encontrar voltas sem influências externas. Normalmente esperamos três a quatro corridas para compilar uma estatística, porque quantos mais dados estiverem disponíveis, mais correta será a média.”
“Nos testes, a partir do pouco que vimos, fizemos um exercício e, de acordo com esta análise inicial, estamos ao nível dos outros. Certamente não estamos atrás deles, e talvez tenhamos um pouco mais.”
“Mas esta não é uma conclusão firme. Por agora, só podemos estar satisfeitos por termos confirmado o progresso visto no banco de ensaios.”