Depois de um Grande Prémio de França aquém das expectativas e onde as evoluções introduzidas não funcionaram como planeado, a Ferrari acredita que pode estar mais competitiva nas próximas corridas e admite a possibilidade de sacrificar a velocidade em reta em prol do downforce e da aderência em curva.
Sebastian Vettel reconheceu que a equipa “falhou” em atingir o seu principal objetivo de reduzir “significativamente” a diferença para a Mercedes em França. Tirando partido das sessões de treinos livres do Grande Prémio da Áustria para experimentar mais soluções, a equipa espera conseguir extrair mais potencial do seu monolugar.
“Estamos continuamente a entender melhor o nosso carro, temos algumas ideias”, disse Binotto. “Como vimos no Canadá, a vantagem varia conforme as corridas e circuitos, pelo que podemos esperar circuitos ainda melhores para nós nas próximas corridas.”
“Para além disso, sabemos que precisamos de desenvolver e melhorar o carro. Dentro de algumas corridas, penso que deveremos ter algo no carro que, pelo menos, resolva parte da situação.”
“Estamos satisfeitos por regressar à pista tão rapidamente, porque essa é a melhor forma de voltarmos a testar e perceber os elementos que não correram tão bem em França.”
“Temos vários itens para avaliar, principalmente para ficarmos com uma noção da razão pela qual algumas das evoluções não funcionaram como esperávamos.”
Binotto explicou que, face às dificuldades sentidas com a aderência nas curvas, a Ferrari está disposta a comprometer a velocidade em reta do SF90.
“Trouxemos algumas evoluções, algumas funcionaram bem e outras não”, acrescentou. “Removemos o fundo plano do carro após os treinos livres.”
“Estamos à procura, eventualmente, de mais downforce em detrimento da velocidade. O carro não será muito eficiente, mas o downforce fará com que os pneus funcionem e essa será a direção a seguir.”