George Russell diz que a Fórmula 1 precisa de abandonar o sistema de rotação dos diretores de corrida para que as decisões sejam tomadas de forma mais consistente.
Esta temporada, após o afastamento de Michael Masi na sequência do polémico Grande Prémio de Abu Dhabi de 2021, o cargo de diretor de corrida está a ser partilhado entre o português Eduardo Freitas e o alemão Niels Wittich.
No entanto, a solução encontrada pela Fórmula 1 foi alvo de críticas durante as 10 primeiras corridas do ano – e a tensão atingiu o ponto de ebulição na sexta-feira, quando Sebastian Vettel expressou a sua frustração no briefing de pilotos antes de abandonar a reunião sem autorização.
“Sim, concordo que precisamos de nos cingir a um diretor de corrida”, disse Russell quando lhe perguntaram se a rotação dos diretores de corrida era um problema.
“Precisamos de ter um pouco mais de consistência com a aplicação das regras. Chegamos ao evento seguinte e muitas vezes o comissário desportivo do evento anterior não está lá. Portanto, não há responsabilização, não há explicação de decisões.”
“Fazemos perguntas e é difícil obter uma resposta direta porque é como se estivesse a ser atribuída uma culpa a outra pessoa que não está presente. É complicado. Toda a gente tem as suas próprias interpretações.”
Questionado sobre o incidente que envolveu Vettel no briefing de pilotos, Russell afirmou que os pilotos estão insatisfeitos com a inconsistência na aplicação dos regulamentos.
“Penso que é incrivelmente difícil para a FIA e para os pilotos”, acrescentou. “Não queremos distribuir penalizações a torto e a direito, mas tem de haver um elemento de consistência e penso que temos de olhar para a raiz do problema.”
“Penso que quando tens apenas um diretor de corrida, geralmente as coisas podem ser mais consistentes.”