Carlos Sainz, em declarações à MARCA, analisou a mudança para a Ferrari e como vê o regresso da Fórmula 1 em julho. Sobre o contrato assinado para 2020 o piloto espanhol garantiu que não assinou como segundo piloto e nem se preocupou se teria direito a desconto num carro da marca italiana.
“Não, eu não assinei nada que me coloque como segundo piloto. No meu contrato diz, como em todos os contratos que assinei, que a equipa está acima do piloto, mas não diz nada sobre ser segundo piloto ou apoiar alguém. O que eu sei é que vou dar tudo pela Ferrari e darei tudo o que eles precisam, acima de tudo, para tentar ganhar. Eu não me importo com a cor do carro. Eu trato todos os pilotos por igual, somos todos rivais e temos de lutar. Se houver uma situação complicada, irei tomar a decisão certa, não precisam de se preocupar.”
“A Ferrari só me enviou o contrato para assinar. Não me enviou mais nada. Assinei-o com um sorriso no rosto, como podes imaginar. O desconto num Ferrari está a ser negociado, ainda não pensei nisso. Tenho de fazer mais alguma investigação quando for a Maranello. Eu sei que a McLaren me empresta um carro e que o mudam de seis em seis meses.”
Falta pouco mais que quatro semanas para o regresso da Fórmula 1, e Carlos Sainz está ansioso por voltar.
“Falta apenas um mês. Sinto que… até quero entrar no simulador, o que não me agrada. Imaginem o quanto eu quero ir para a Áustria, preparar-me, sentir os nervos e a pressão. Quando se faz isto a vida toda, habituamos-nos e quando desaparece, sentimos falta.”
“Obviamente que preferia ver bancadas cheias do que bancadas vazias. É verdade que vai ser estranho, mas não vamos senti-lo dentro do carro, apenas fora dele.”
O ainda piloto da McLaren já voltou a Londres e acredita que vai manter uma boa relação com a equipa em 2020.
“Penso que me dirão tudo porque ainda posso ajudá-los muito no resto do ano e no ano seguinte. Pedi-lhes que me mantivessem informado porque sou o primeiro a querer ver a McLaren no pódio o mais rapidamente possível, e penso que os posso ajudar honestamente, tal como os ajudei no ano passado. Além disso, como penso que terminamos a relação ou estamos a terminar a relação de uma forma muito boa, penso que ambos beneficiaríamos se contássemos tudo uns aos outros e continuássemos a desenvolver o carro em conjunto.”
Sobre as últimas declarações de Lewis Hamilton sobre o racismo e o que está a acontecer nos EUA, Carlos Sainz deu todo o apoio ao inglês e a todos o que lutam contra o racismo de forma pacífica.
“Têm de o compreender. Penso que temos de compreender a sua posição e a forma como ele vê as coisas. Além disso, ele passa muito tempo na América. Condeno o racismo, não compreendo como pode haver racismo. Nunca vi um ato racista à minha frente. As imagens que eu vi (do George Floyd) são uma aberração. Condeno-as, odeio-as. Não sei como posso ser mais claro, mas penso que os protestos devem ser pacíficos, porque se arriscam a perder a razão.”