Sergio Pérez afirma ter realizado uma corrida “tremenda” para alcançar um sonho após uma carreira de 10 anos na Fórmula 1 e acredita que teria conseguido defender-se do Mercedes de George Russell caso o britânico não furasse na parte final da corrida.
O piloto mexicano arrancou da quinta posição e envolveu-se de imediato numa batalha com o Red Bull de Max Verstappen e o Ferrari de Charles Leclerc, mas um toque do monegasco no seu Racing Point atirou-o para a última posição e forçou-o a realizar uma corrida de trás para a frente.
Quando já tinha recuperado até ao topo do segundo pelotão, Pérez herdou a liderança na sequência de um período de Safety Car em que a Mercedes deitou tudo a perder.
“Estou quase com medo de ficar demasiado entusiasmado caso esteja a sonhar”, disse Pérez. “Sonhei com este momento tantas vezes. Foram precisos 10 anos para chegar a este ponto na Fórmula 1.”
“O sucesso do México na Fórmula 1 tem sido raro, portanto nunca vou esquecer o momento de ver a bandeira mexicana, foi um momento incrível para mim e para a minha família.”
“Foi uma corrida inacreditável. Tivemos um arranque tão bom ao lutar com o Max e o Charles e depois fui atingido e pensei ‘isto não pode estar a acontecer outra vez!’.
“Tivemos a sorte de não sofrer mais danos. Não desistimos e paramos para o pneu médio. Depois bloqueei uma travagem durante o Safety Car e deixei uma marca num dos pneus.”
“A vibração tornou-se tão má que estava a magoar as minhas mãos e pensei que talvez tivéssemos de parar outra vez, mas a equipa disse-me para ficar em pista.”
“A sensação no carro tornou-se muito melhor e o stint dos pneus médios acabou por ser crucial para a vitória. Quando paramos pela segunda vez e fomos para o pneu duro, parecia que estava a conduzir uma limusine. Foi tão suave e tivemos um ótimo ritmo.”
Um dos protagonistas do dia, Russell, que substituiu Lewis Hamilton na Mercedes, recuperava de um erro da Mercedes nas trocas de pneus e perseguia a liderança de Pérez quando sofreu um furo no seu W11 – mas o piloto da Racing Point considera que tinha ritmo para manter a posição.
“Consegui ultrapassar o Lance e depois o Esteban”, acrescentou. “Obviamente, a Mercedes teve alguns problemas, mas acho que tínhamos ritmo suficiente para aguentar o George, a nossa simulação mostrou que ele precisava de ser significativamente mais rápido para ultrapassar.”
“Sorte ou não, tivemos uma corrida tremenda e vencemos por mérito. Estava a chorar atrás do volante e sem palavras durante algum tempo, mas é um resultado incrível. Parabéns ao Lance pelo pódio também.”