Lando Norris realizou uma exibição irrepreensível e venceu o Grande Prémio da Cidade do México com uma enorme vantagem sobre o segundo classificado Charles Leclerc. Depois de um atribulado início de corrida, Max Verstappen minimizou as perdas ao recuperar até ao lugar mais baixo do pódio.
Norris, que conquistou a pole position na sessão de qualificação de sábado, tinha uma tarefa especialmente difícil no arranque: segurar os ataques dos pilotos que partiam atrás de si ao longo dos 830 metros que separam a grelha de partida da primeira curva no México.
O piloto da McLaren reagiu bem ao semáforo de partida e conseguiu mesmo defender-se dos pilotos da Ferrari no longo caminho até à primeira travagem.
A partir desse momento, Norris iniciou uma prestação absolutamente dominadora em que se isolou na dianteira e liderou todas as voltas da corrida.
Atrás do britânico, Verstappen, que tinha superado George Russell no arranque, disputou a travagem para a primeira curva com a dupla da Ferrari, numa situação que levou a que tanto o neerlandês como Leclerc realizassem uma incursão pela escapatória.
Leclerc manteve, ainda assim, o segundo posto, enquanto Verstappen se colocou em quarto, preparando um ataque ao terceiro lugar de Lewis Hamilton.
Hamilton e Verstappen viriam a entrar numa acesa batalha na sexta volta da corrida, com o heptacampeão do mundo a optar por seguir pela escapatória para evitar uma colisão com o piloto da Red Bull na Curva 4.
Como não seguiu o percurso delineado pela direção de corrida na escapatória, Hamilton foi sancionado com uma penalização de 10 segundos que viria a cumprir na sua primeira paragem nas boxes.
Ao adiar ao máximo a sua travagem na Curva 4, Verstappen acabou por ficar vulnerável à pressão de Oliver Bearman, que ultrapassou o tetracampeão do mundo com uma manobra na Curva 7.
Verstappen, o único entre os pilotos da frente que optou por arrancar com pneus médios, prolongou o seu stint inicial e realizou a sua troca para os macios apenas na 37ª volta, caindo de segundo para oitavo.
O piloto da Red Bull tirou partido dos pneus macios para ultrapassar Hamilton e subir à sétima posição, antes de ser surpreendentemente promovido de novo aos lugares de pódio: Oliver Bearman, que rodava no lugar mais baixo do pódio após um espetacular início de corrida, Russell, Andrea Kimi Antonelli e Oscar Piastri pararam por uma segunda vez entre as voltas 47 e 48 para colocar outro jogo de macios.
Verstappen manteve-se em pista e ultrapassou todos esses pilotos para escalar até terceiro e atacar o segundo lugar de Leclerc, que também não seguiu a estratégia de duas paragens.
Apesar dos ataques até à derradeira volta da corrida, Verstappen não foi capaz de superar Leclerc, que terminou assim no segundo posto, mais de 30 segundos atrás de Norris.
Bearman alcançou o seu melhor resultado da carreira ao ser quarto classificado, mas ficará certamente com a sensação de que poderia ter-se estreado no pódio caso não parasse pela segunda vez.
Piastri, sétimo na grelha de partida, recuperou até quinto, mas não impediu que Norris ascendesse ao comando do Mundial.
Kimi Antonelli e Russell fecharam na sexta e sétima posições com os monolugares da Mercedes, diante do Ferrari de Hamilton.
Ocon levou o outro carro da Haas aos pontos com um nono lugar final, diante do Sauber de Gabriel Bortoleto, que encerrou o top 10.
Classificação do Grande Prémio da Cidade do México







