Fernando Alonso adicionou mais um importante troféu ao seu currículo e tornou-se o terceiro campeão do mundo de Fórmula 1 a triunfar em Daytona numa 57ª edição da prova americana marcada pela chuva e pelos muitos incidentes que causaram sucessivas interrupções.
O duas vezes campeão do mundo de Fórmula 1 fez equipa com Kamui Kobayashi, Jordan Taylor e Renger van der Zande no Cadillac #10 da Konica Minolta e bateu os rivais da Mazda Team Joest, Acura Team Penske e Action Express Racing numa corrida que acabou duas horas antes do suposto devido às condições atmosféricas.
Minutos antes da interrupção, Alonso tinha assumido a liderança da corrida na sequência de uma luta com Felipe Nasr, ex-piloto da Sauber.
O brasileiro do Cadillac até estava à frente do piloto que já tinha enfrentado na Fórmula 1 mas um erro na abordagem à primeira curva relegou Nasr para a segunda posição final.
A completar o pódio ficou o Acura de Alexander Rossi, também ele ex-piloto da Manor na Fórmula 1, que em Daytona partilhou o carro da Penske com Ricky Taylor e Heliocastroneves.
Alonso foi um dos protagonistas da edição de 2019 da mítica corrida de resistência e impressionou ao realizar turnos de condução isentos de erros e com um ritmo por vezes bastante superior face aos restantes adversários da categoria DPI.
Depois de nas primeiras horas ter mostrado a sua classe ao subir de quinto para primeiro e construir uma vantagem de mais de 20 segundos, Alonso regressou ao volante durante a noite e realizou um turno brilhante sob condições adversas, chegando a dispor de uma diferença de quase um minuto para o segundo classificado antes de as bandeiras amarelas começarem a ser mostradas na sequência dos inevitáveis incidentes à chuva.
O espanhol junta este triunfo à conquista das 24 Horas de Le Mans, aos dois títulos alcançados na Fórmula 1 e à vitória no Grande Prémio do Mónaco.
O próximo objetivo já está traçado e Alonso procurará agora ser bem sucedido nas 500 Milhas de Indianápolis e alcançar a tão desejada Triple Crown.
Um problema nas luzes traseiras do Cadillac comprometeu as aspirações dos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque, que juntamente com o brasileiro Christian Fittipaldi não puderam lutar por mais uma vitória em solo americano devido às muitas voltas que passaram nas boxes.
O nono lugar da geral e o sétimo entre os DPI não representam, por isso, o andamento do #5 da Action Express Racing numa corrida azarada para os portugueses, já que Pedro Lamy viu Paul Dalla Lana danificar a suspensão do seu Ferrari após um toque e não terminou a corrida.