Zak Brown, diretor executivo da McLaren, considera que o sistema da superlicença deveria ser revisto pela Federação Internacional do Automóvel para que pilotos do calibre de Colton Herta e Pato O’Ward pudessem ingressar na Fórmula 1.
Herta, que se estreou aos comandos de um carro de Fórmula 1 num teste levado a cabo pela McLaren no Autódromo Internacional do Algarve, suscitou o interesse da AlphaTauri, que estava disposta a libertar Pierre Gasly para a Alpine caso conseguisse contratar o piloto de 22 anos.
Apesar das suas sete vitórias na IndyCar Series, Herta, décimo classificado na temporada de 2022 do campeonato norte-americano de monolugares, não possui pontos necessários para obter a superlicença que lhe permitiria entrar na Fórmula 1.
O facto de o piloto da Andretti Autosport não ter recebido uma isenção da FIA levou a que a Red Bull desistisse dos planos de o colocar na AlphaTauri em 2023.
Depois de Helmut Marko, conselheiro da Red Bull, ter descrito a situação como “incompreensível”, Brown afirmou que a IndyCar Series merece mais reconhecimento por parte do órgão que governa o desporto a nível internacional.
“Penso que todo o sistema da licença precisa de ser revisto”, disse Brown. “Percebo que as regras são o que são e não devem ser quebradas, mas questiono se essas são as regras corretas.”
“Pilotos do calibre do Colton, do calibre do Pato e do calibre de metade da grelha da IndyCar têm capacidades para a Fórmula 1. Se alguém como o Colton, que ganhou muitas corridas na IndyCar, não é elegível para uma superlicença, então acho que precisamos de rever o sistema.”
O norte-americano lembrou que pilotos como Max Verstappen e Kimi Raikkonen, que tiveram curtas carreiras nas categorias de promoção, não teriam conseguido ingressar na Fórmula 1 com os regulamentos atuais.
“Creio que o Max Verstappen não teria sido elegível para uma superlicença e creio que o Kimi Raikkonen também não”, acrescentou. “Portanto, se voltarmos atrás e olharmos, há dois campeões do mundo que não teriam conseguido a superlicença nos dias de hoje.”