O diretor da equipa da Red Bull, Christian Horner, vai voltar a tentar alterar as regras que limitam o número de motores que se podem usar por época na Fórmula 1, após o elevado número de penalizações que houve no Grande Prémio de Itália. Nove pilotos foram penalizados por trocarem componentes do motor ou da caixa de velocidades, em Monza.
Em 2018 tudo deverá ser ainda mais complicado, uma vez que cada piloto poderá apenas usar três propulsores por temporada. No início deste ano, Horner tentou que o Grupo de Estratégia da F1 abandonasse esta regra e mantivesse o atual limite de quatro motores, mas não recebeu apoio suficiente.
“Eu acho que este motor não trouxe nada de positivo para a Fórmula 1 desde que foi introduzido”, afirmou Christian Horner. “O que me preocupa é que agora vamos reduzir para três motores no próximo ano, com mais corridas. Para mim, este deve ser assunto o número um na agenda da próxima reunião do Grupo Estratégico.
“Eu tentei mudar o regulamento no passado, mas não tive o apoio necessário. Espero que agora haja resultados diferentes, com o elevado número de penalizações que surgiram e vão surgir até ao fim do ano”.
Christian Horner pede também uma revisão do sistema de penalizações em vigor.
“É complicado até para nós entendermos”, disse. “Ao ir para a grelha [em Monza], não sabíamos se seriamos 12º ou 13º, uma vez que o [Sergio] Perez foi penalizado, mas não sabíamos se ele ia ficar atrás ou à nossa frente. É muito confuso.”
O limite de uso de motores foi originalmente pensado como uma medida de redução de custos, mas os fabricantes estão a descobrir que não é bem assim.
“A finalidade desta limitação nos motores foi a redução de custos, mas é óbvio que isso não está a acontecer. Estamos apenas a sofrer penalizações como resultado dessa regra.”, acrescentou Horner.
“Precisamos voltar a um equilíbrio, talvez cinco motores sejam o número certo em vez de quatro ou três”.