A Mercedes foi campeã num dia em que Lewis Hamilton e Esteban Ocon bateram recordes nos Estados Unidos.
A vitória de Lewis Hamilton foi a nona de 2017, a 62ª da carreira e a quarta consecutiva nos Estados Unidos. Desde a primeira corrida em 2012, só por uma vez não chegou ao lugar mais alto do pódio – em 2013, quando foi quarto.
Incluindo a sua vitória em Indianápolis em 2007, o britânico tem agora seis vitórias nos Estados Unidos e ultrapassa Michael Schumacher para se tornar o piloto com mais triunfos neste país.
Hamilton também ultrapassou Schumacher noutra categoria – partidas da primeira linha. O britânico arrancou das duas primeiras posições por 117 vezes na sua carreira, mais do que qualquer outro piloto na história. Tem também 40 vitórias após sair da pole, um registo igual ao de Schumacher.
Hamilton tem uma vantagem de 66 pontos sobre Sebastian Vettel e precisa apenas de um quinto lugar no México para garantir o quarto título. Assumindo que isso irá acontecer até ao final do ano, tornar-se-á o quarto piloto a obter quatro ou mais títulos, juntando-se a Juan Manuel Fangio, Alain Prost, Michael Schumacher e Sebastian Vettel.
A Mercedes conquistou o quarto título de construtores consecutivo e tornou-se apenas a quarta equipa na história a ter atingido tal feito, depois da McLaren entre 1988 e 1991, da Ferrari entre 1991 e 2002 (não contando com os títulos de 2003 e 2004) e da Red Bull entre 2010 e 2013.
A Mercedes chegou ao título com a sua 75ª vitória e o seu 150º pódio na Fórmula 1.
Sebastian Vettel foi segundo e somou o 11º pódio do ano, tendo apenas menos um que Hamilton. O alemão não subia ao pódio desde o Grande Prémio de Itália.
Kimi Raikkonen assegurou o quarto duplo pódio da Ferrari em 2017. Foi também a primeira vez que a Scuderia terminou com ambos os carros nos três primeiros em Austin.
Raikkonen subiu a terceiro depois de os comissários terem penalizado Max Verstappen, impedindo que o holandês somasse três pódios consecutivos pela primeira vez na sua carreira.
Atrás de Verstappen, Valtteri Bottas ficou desapontando com o quinto lugar, apesar de ser o seu melhor resultado em Austin. Por outro lado, Esteban Ocon ficou muito satisfeito depois de terminar na sexta posição pela quinta vez em 2017.
Ocon teve mais razões para sorrir, já que se tornou o primeiro piloto na história da Fórmula 1 a terminar os seus primeiros 26 Grandes Prémios, ultrapassando o recorde de Max Chilton. O francês só falhou os pontos por uma vez este ano – no Mónaco, onde foi 12º.
Sergio Perez foi oitavo e garantiu que a Force India terminasse com ambos os carros nos pontos pela 14ª vez em 17 corridas esta temporada.
Carlos Sainz terminou entre os Force Indias e tornou-se o primeiro piloto a pontuar na sua estreia com a Renault desde Giancarlo Fisichella em 2005. Os seis pontos que ganhou ajudaram a Renault a ultrapassar a Haas e a aproximar-se da Toro Rosso no campeonato de construtores.
Falando da Toro Rosso, que se tornou a primeira equipa a alterar o seu alinhamento de pilotos de um Grande Prémio para o outro desde a Lotus em 1994, Daniil Kvyat terminou nos pontos pela terceira vez em 2017 – e pela primeira desde Espanha.
Brendon Hartley, o novo colega de equipa do russo em Austin, foi 13º na seu primeira corrida na Fórmula 1, tornando-se o primeiro neozelandês a participar num Grande Prémio desde Mike Thackwell em 1984. Outra coincidência é o facto de no Domingo se terem assinalado 50 anos desde o título do seu compatriota Denny Hulme.
Fernando Alonso abandonou pela 11ª vez em 2017 depois de mais um problema no motor Honda do seu McLaren MCL32.
Ainda assim, o azarado do dia em Austin foi provavelmente Nico Hulkenberg, que abandonou pelo quarto ano consecutivo nos Estados Unidos. O alemão só tinha realizado quatro voltas quando o seu Renault sofreu uma fuga de óleo.