Bruno Famin diz que o “chocante” desempenho da Alpine na sessão de qualificação do primeiro Grande Prémio foi a confirmação de que a equipa precisava de efetuar mudanças na sua estrutura.
O construtor francês apostou num novo conceito em termos de conceção do monolugar e esperava enfrentar dificuldades para extrair desempenho do A524 na parte inicial da temporada.
No entanto, a equipa admite que qualificar-se nas duas últimas posições para o primeiro Grande Prémio do ano foi um cenário pior do que o esperado.
“Foi um choque”, disse Famin, diretor de equipa da Alpine.
“Estávamos à espera de um início de temporada difícil, sabíamos isso e foi isso que dissemos na apresentação do carro. Mas estar na última linha da grelha na qualificação foi um choque, para ser honesto.”
“Simplesmente confirmou a necessidade de mudarmos a equipa e fizemos essa mudança.”
Depois do Grande Prémio do Bahrain, a formação de Enstone confirmou a saída do diretor técnico Matt Harman e anunciou uma reestruturação interna.
Ao invés de substituir Harman, a equipa dividiu o seu cargo em três novas funções: diretor técnico de engenharia, diretor técnico de aerodinâmica e diretor técnico de perfomance.
“Queríamos mudar a mentalidade e libertar a criatividade”, acrescentou Famin. “Ter três diretores técnicos torna a organização muito mais horizontal, com mais atividade e mais agilidade.”
“O lema é desenvolver o nosso pessoal. Temos pessoas muito talentosas e queremos que elas tragam o máximo possível para o projeto, para a equipa e para a empresa.”
Questionado sobre se as evoluções que a equipa está a preparar foram pensadas para solucionar os problemas a curto ou a longo prazo, Famin respondeu: “Ambos, porque o carro é novo e tem potencial.”
“Temos coisas a caminho, mas também precisamos de mudar a forma como desenvolvemos o carro e talvez a forma como corremos.”
“Precisos de mudar a nossa abordagem. Tudo o que aprendermos sobre o A524 será útil para o carro de 2026, sem dúvida.”