Guenther Steiner diz que a sua saída da Haas fê-lo perceber que permaneceu “demasiado tempo” como diretor de equipa da formação norte-americana.
Na sequência dos dececionantes resultados alcançados na temporada de 2023, Gene Haas, proprietário da equipa, optou por não renovar o contrato de Steiner para 2024.
Ayao Komatsu, que desempenhava o papel de diretor de engenharia de pista, foi promovido ao cargo que tinha sido ocupado por Steiner desde a fundação da equipa.
Steiner regressou ao paddock da Fórmula 1 como comentador televisivo no Grande Prémio do Bahrain e juntar-se-á este fim de semana a Valtteri Bottas, Damon Hill e Liam Lawson no Adelaide Motorsport Festival.
“A vida tem sido boa desde que deixei a Haas antes da temporada”, disse Steiner numa crónica escrita para a Fórmula 1. “Este tempo tem sido bom para mim.”
“Quanto mais o tempo passa, mais consigo ver que fiquei demasiado tempo na Haas.”
“Quando te afastas, ganhas clareza. Enquanto lá estás, estás em negação. Achas que consegues, mas não consegues.”
Steiner explicou ter ficado desmotivado com o facto de a equipa não possuir armas para batalhar por posições cimeiras.
“Com o que tínhamos, ainda podíamos lutar por ser sétimos, oitavos ou nonos, mas não podíamos lutar por pódios”, acrescentou.
“Fazer isso a longo prazo não é o que eu queria para a minha vida. Não queria voltar a ser sétimo. Já fiz isso. Quero poder lutar na frente.”
“Quando o Toto Wolff começou na Mercedes, a equipa não estava no topo. Sim, eles tinham a vantagem em termos de motor no início, mas ele estruturou tudo para que a equipa fosse bem sucedida a médio prazo. E eles ganharam oito títulos de construtores consecutivos.”
“É a mesma coisa com a Red Bull. Quanto tempo demorou até eles chegarem lá? Eles continuaram a melhorar a cada ano. É preciso ter essa paciência e planeamento a longo prazo.”
Sobre a possibilidade de voltar a liderar uma equipa na Fórmula 1, Steiner afirmou: “Eu regressaria à Fórmula 1 no futuro, mas precisa de ser no projeto certo, feito da forma correta.”