Frédéric Vasseur considera que foi a falta de ritmo e não a aposta numa estratégia alternativa para a corrida de Carlos Sainz a impedir a equipa de chegar ao vice-campeonato em Abu Dhabi.
O piloto espanhol, que foi eliminado na primeira fase da sessão de qualificação em Yas Marina, não conseguiu recuperar até aos lugares pontuáveis na corrida, acabando por abandonar na última volta.
Sainz arrancou com pneus duros para a corrida, mas o ritmo aquém do esperado levou-o a parar nas boxes para colocar um novo jogo do mesmo composto na 20ª volta.
Ficando exposto a uma estratégia de duas paragens devido à utilização obrigatória de dois compostos de pneus diferentes, Sainz prolongou a sua estadia em pista na esperança de que um período de Safety Car lhe permitisse realizar uma travessia pela via das boxes – oportunidade que acabou por não surgir.
No final, o segundo lugar de Charles Leclerc não impediu que a Scuderia perdesse o vice-campeonato para a Mercedes por quatro pontos.
“Quando tens de parar da volta 20, não tens outra opção senão colocar um segundo jogo de pneus duros, porque se colocares pneus médios, tens de ir às boxes na volta 30”, explicou Vasseur, diretor de equipa.
“E o plano era… Não sei se era um plano, mas a opção era colocar pneus duros e esperar que houvesse um Safety Car ou uma bandeira vermelha.”
“O problema é que não era uma questão de estratégia, era uma questão de ritmo. Não tínhamos o ritmo e, neste caso, todas as estratégias são más.”
Questionado sobre quando a Ferrari tencionava realizar a paragem de Sainz na estratégia definida pós-corrida, Vasseur respondeu: “Volta 35 ou algo do género, o reverso em relação aos outros.”
“Os outros fizeram 15-20 voltas com os médios e depois 40 voltas com os duros. O objetivo era fazer 40 voltas com o pneu duro e parte da corrida em ar limpo para tentar compensar o défice.”
Quando lhe perguntaram se iniciar a corrida com os pneus médios teria feito a diferença, Vasseur afirmou: “Podemos sempre tentar refazer a corrida e dizer isso, mas acho que não.”
“Penso que o problema foi o ritmo e não o pneu duro ou o médio. Ele estava em pista com os mesmos pneus que o Charles. Tivemos um problema e precisamos de identificá-lo. Não foi a estratégia.”