Os proprietários da Fórmula 1 e a FIA estão em constante diálogo com as 10 equipas no sentido de reduzir os custos para 2021 como resposta às pressões financeiras causadas pela pandemia de coronavírus – um tema que, sem surpresa, tem motivado discórdia entre as partes envolvidas.
Zak Brown, diretor executivo da McLaren, é um dos líderes que já manifestou o seu apoio a uma redução de custos adicional, afirmando que “duas equipas” de topo estão a bloquear essa medida com o intuito de manter uma vantagem financeira e competitiva.
Mattia Binotto, diretor de equipa da Ferrari, tem uma opinião oposta e explica a razão pela qual a introdução de um teto orçamental mais baixo não resultará para a formação de Maranello.
“Estamos completamente conscientes das dificuldades de algumas equipas e sabemos que precisamos de abordar o tema dos custos para o futuro da Fórmula 1”, disse Binotto. “Reduzir os custos é o primeiro fator para garantir que cada equipa sobreviva.”
“Obviamente, estamos a discutir com a Fórmula 1, a FIA e as equipas uma redução do limite orçamental, mas é preciso não esquecer que temos estruturas e ativos diferentes.”
“Existem equipas construtoras, como a Ferrari e outras equipas de topo, onde estamos a projetar, desenvolver, homologar e produzir cada componente dos nossos carros.”
“Outras equipas são clientes, estão a comprar algumas peças e não têm a mesma estrutura, porque não estão a projetar e desenvolver esses componentes.”
“Por isso, quando discutimos um limite orçamental, não devemos esquecer que temos situações diferentes, e é importante encontrar uma área comum que seja adequada às diferentes situações. Talvez a resposta não seja um único limite orçamental igual para todas as equipas.”