Laurent Menkies, diretor desportivo da Ferrari, diz que o facto de três pilotos da sua academia estarem à porta da Fórmula 1 “não é uma dor de cabeça” para a equipa.
Mick Schumacher, Callum Ilott e Robert Shwartzman estão na luta pelo título da Fórmula 2 e realizaram na passada quarta-feira uma sessão de testes com um Ferrari SF71H de 2018 em Fiorano.
Schumacher e Ilott estarão presentes na primeira sessão de treinos livres para o Grande Prémio de Eifel com a Alfa Romeo e a Haas, respetivamente, ao passo que Shwartzman terá uma oportunidade semelhante na última corrida do ano, em Abu Dhabi.
Com os dois fins de semana do Bahrain ainda por disputar, o título pode ser atribuído a qualquer um dos três, mas Schumacher parte com uma vantagem de 22 pontos sobre Ilott e de 51 para Shwartzman.
Embora equipas como a Haas e a Alfa Romeo possam receber um destes pilotos em 2021, é improvável que haja espaço para os três, mas Menkies afirma que esta é simplesmente a prova de que a academia da Ferrari está a ser bem sucedida.
“Não é uma dor de cabeça, é um bom problema para se ter”, disse Menkies. “E esse é o tipo de coisa com que queremos lidar. Eles estão a fazer um trabalho muito bom. O Mick e o Callum estão a progredir significativamente desde o início passado e são líderes sólidos do campeonato.”
“No seu primeiro ano, o Robert está basicamente a competir com estes rapazes de imediato. Por isso, estamos muito satisfeitos com o desempenho dos três. Há um pouco mais de dificuldade certamente para o Marcus [Armstrong] e para o Giuliano [Alesi].”
“Mas no que diz respeito aos três pilotos da frente, estamos muito satisfeitos. Não nos dá uma dor de cabeça, dá-nos muita estabilidade e opções para o futuro. E é exatamente para isso que temos a academia.”
Menkies sublinhou que comparar o potencial dos três pilotos não era o objetivo do teste dado pela Ferrari aos três pilotos.
“Não estamos numa situação de competição, estamos numa situação em que vamos descobrir como podemos assegurar que eles continuem a evoluir.”, acrescentou.
“Porque no final do dia, e já o vimos com o Charles e com muitos outros pilotos excecionais, trata-se de desenvolvimento, e o desenvolvimento certamente não pára quando estás à porta da Fórmula 1. Do nosso lado, não há uma verdadeira pressa para tomar decisões.”