Nikolas Tombazis referiu que a FIA estará atenta às preocupações das equipas em relação aos carros de 2026, mas garantiu que os novos regulamentos não tornarão a Fórmula 1 mais lenta que a Fórmula 2.
Na sequência da apresentação da primeira versão dos regulamentos técnicos de 2026, as equipas expressaram apreensão relativamente a aspetos como a perda de downforce, que resultará em carros mais rápidos nas retas e mais lentos nas curvas, ou a viabilidade da redução do peso mínimo em 30kg.
Este sábado, Tombazis, diretor de monolugares da FIA, esclareceu que a versão inicial dos regulamentos sofrerá alterações ao longo dos próximos meses.
“Ainda não estamos no conjunto final de regulamentos e temos algumas coisas que precisamos de encontrar e discutir com as equipas”, afirmou.
“Estamos igualmente conscientes de algumas das preocupações relativas ao downforce dos carros ou à velocidade em linha reta, e estas são coisas que classificamos como aperfeiçoamentos que ainda têm de ser feitos.”
“Por isso, entre, digamos, o final do mês, altura em que esperamos que estes regulamentos sejam publicados, e o início de 2025, altura em que as equipas podem começar o desenvolvimento aerodinâmico, esperamos que seja feito um volume razoável de trabalho extra em plena consulta com as equipas, com a FOM e com todos os outros.”
“Esperamos que isso conduza a alguns aperfeiçoamentos que serão apresentados ao Conselho Mundial, talvez um pouco mais tarde no ano, e esperamos que sejam aprovados.”
Tombazis disse entender a razão pela qual as equipas se mostraram preocupadas com o nível de desempenho dos carros de 2026, mas assegurou que esse não será um problema.
“Penso que os receios são justos, porque as pessoas estão a tirar uma fotografia do que são os regulamentos num pedaço de papel e estão a fazer comentários com base no que vêem”, explicou.
“Não tenho qualquer preocupação com as questões levantadas pelas pessoas, mas é evidente que temos todas as expectativas de dar alguns passos em frente em termos de desempenho. E é exatamente por isso que estabelecemos uma fasquia razoavelmente baixa para começar, para podermos desenvolver isso em colaboração com as equipas. Aumentar o downforce destes carros é bastante fácil.”
“Por isso, compreendo os comentários, mas não creio que haja qualquer preocupação de que estes carros não sejam mais rápidos do que os de Fórmula 2 ou algo do género. Penso que isso será resolvido a 100% quando tivermos os regulamentos finais.”
Jan Monchaux, diretor técnico de monolugares da FIA, confirmou que o plano era aprovar um regulamento restritivo no Conselho Mundial de Automobilismo e posteriormente eliminar algumas das suas limitações conforme necessário.
“Normalmente, as equipas estão sempre relutantes em relação a grandes mudanças, pelo que é necessário encontrar constantemente um compromisso”, disse Monchaux.
“Efetivamente, a abordagem que temos é que precisamos de respeitar o quadro em termos de data de publicação. Os regulamentos, tal como apresentados e, esperamos, votados, serão os mais restritivos que as equipas verão.”
“Pensamos que será muito mais fácil começar a aumentar a liberdade nos próximos meses e alterar os aspetos dos regulamentos que parecem demasiado restritivos, do que o contrário.”