Romain Grosjean afirma “não ter tanta certeza” de que a Fórmula 1 é um desporto, comparando as diferenças competitivas entre as equipas com um Roger Federer a participar no torneio de ténis de Roland Garros “com uma raquete de ping-pong”.
O piloto francês, campeão da Fórmula 3 e da GP2 Series, completou 164 corridas ao longo dos últimos 11 anos na Fórmula 1, somando dez pódios e chegando perto da vitória em 2012 e 2013.
Quando lhe perguntaram se estava preparado para abandonar o desporto sem uma vitória no seu currículo, Grosjean respondeu: “Pode acontecer.”
“Já tive a sorte de estar 10 vezes no pódio. Acredito que devia ter ganho dois Grandes Prémios [Europa 2012 e Alemanha 2013], mas as coisas não correram bem para mim.”
“Dizemos que a Fórmula 1 é um desporto, mas será mesmo um desporto? Não tenho tanta certeza. É um espetáculo. Um desporto deve ser justo e a Fórmula 1 não é justa.”
“É muito físico conduzir um carro de Fórmula 1, é difícil e exige muito esforço, mas é como pedir ao Roger Federer para ir a Roland Garros com uma raquete de ping-pong. Ele não terá hipótese.”
“E diriam que o ténis era um desporto se eles não estivessem todos com as mesmas raquetes ou se o court fosse mais largo de um lado do que do outro?”
Para exemplificar o seu ponto de vista em relação à Fórmula 1 atual, Grosjean mencionou a temporada de estreia de Daniel Ricciardo com a Renault.
“Olhem para o Daniel Riciardo. Ele nem sequer conseguiu um pódio com a Renault”, acrescentou. “Mas já ganhou corridas e é um ótimo piloto. Tudo depende do que tiveres nas mãos.”