Lewis Hamilton, Carlos Sainz e Lando Norris prestaram tributo a Valentino Rossi antes do último fim de semana do ícone das duas rodas no MotoGP, com o britânico da McLaren a manifestar mesmo a intenção de fazer equipa com o piloto que cresceu a admirar.
No Grande Prémio da Comunidade Valenciana deste fim de semana, Rossi colocará um ponto final numa carreira internacional que se prolongou por 26 anos e ficou marcada pela conquista de nove títulos.
Hamilton, que em 2019 teve a oportunidade de pilotar uma Yamaha utilizada por Rossi no MotoGP, foi um dos pilotos que abordou a retirada da lenda italiana durante a conferência de imprensa da Fórmula 1 em São Paulo.
“É obviamente triste ver o Vale a parar, mas penso que o seu entusiasmo, a sua abordagem, tudo o que ele fez foi incrível”, disse Hamilton. “A paixão que ele teve durante tanto tempo refletiu-se, ele é simplesmente uma lenda, um dos maiores, se não o maior.”
“Vai ser triste não o ver nas corridas a pilotar com o seu estilo, mas penso que este também é um período bonito para ele, porque tem uma família que está a começar a construir.”
“Estou grato por ter tido o privilégio de partilhar um dia muito especial com ele na pista. Lembrar-me-ei sempre disso.”
Sainz, que relembrou os testes que Rossi realizou ao volante de carros de Fórmula 1 da Ferrari, espera encontrar o italiano no mundo dos ralis.
“Ele é uma lenda viva do desporto motorizado em geral e do MotoGP”, afirmou Sainz. “Todos os que seguem o MotoGP, provavelmente seguem-no em parte graças ao Valentino Rossi.”
“Ele tem um pouco de história com a Ferrari e esteve perto de correr na Fórmula 1. Ouvi dizer que ele gosta muito de ralis, por isso acho que o vamos ver a fazer alguns ralis e talvez o possa encontrar num carro de ralis, não me importaria.”
Norris falou sobre a admiração que tem por Rossi e manifestou o desejo de competir numa corrida de resistência juntamente com o seu ídolo.
“Ele enviou-me uma mensagem ontem à noite”, revelou Norris. “É uma altura triste. Vou sentir a falta dele. Ainda vou tentar assistir ao máximo de corridas de MotoGP que puder. Ele era o tipo que eu acompanhava quando tinha quatro, cinco seis anos de idade.”
“Ele fez-me entrar nas corridas. Ele colocou-me numa mota. Ele foi o tipo que eu admirei, o tipo que me ajudou a chegar onde estou agora. Sem ele, provavelmente a minha ambição de ser piloto não teria sido tão elevada.”
“Tive a sorte de o conhecer na corrida de Silverstone. Vou ter saudades dele no MotoGP. Penso que não sou só eu, há milhões de fãs que o apoiam e que também vão sentir fala dele e da sua personagem, porque acho que essa é uma das melhores coisas nele – a pessoa que ele é, a personagem que ele é.”
“Foi apenas no seguimento de uma mensagem que lhe enviei antes deste último fim de semana”, acrescentou Norris quando solicitado a explicar a mensagem que recebeu de Rossi. “Enviei-lhe uma pequena e sincera mensagem dizendo que eu ia sentir a falta dele no MotoGP e parabéns por tudo o que ele conseguiu.”
“Falamos de vez em quando. Ainda queremos tentar fazer algo em conjunto em termos de pilotagem. Ele faz um pouco de GT’s e essas coisas. Ele faz as 12 Horas de Abu Dhabi ou as 12 Horas do Dubai. Agora talvez ele tenha um pouco mais de tempo para vir a uma corrida de Fórmula 1. Espero que possamos fazer alguma coisa.”