“É difícil de aceitar”: Nico Hulkenberg admite que promover alterações na afinação do carro da Haas não resolverá o problema da falta de ritmo da equipa em condições de corrida.
O piloto alemão qualificou-se no segundo lugar numa sessão disputada à chuva em que um período de bandeira vermelha impediu os seus rivais de estabelecerem tempos mais rápidos.
No entanto, Hulkenberg acabaria por ser penalizado com três posições na grelha de partida após ter sido demasiado rápido na sua volta de regresso às boxes durante a situação de bandeira vermelha.
Na corrida, o facto de ter parado na volta que antecedeu a entrada de Safety Car e o ritmo pouco competitivo deixaram-no fora da batalha pelos lugares pontuáveis.
“Definitivamente não ajudou, isso é certo”, disse Hulkenberg sobre o Safety Car. “Perdi muitos lugares, o timing não foi bom. Muito diferente de domingo com a bandeira vermelha.”
“Mas depois disso acho que também tivemos dificuldades com o ritmo e a gestão dos pneus.”
Quando lhe perguntaram se tinha desfrutado das voltas que completou à frente de carros de equipas de topo, Hulkenberg respondeu: “Quando estás a aguentar-te no limite e a ser bombardeado, não é assim tão divertido, mas é o que é.”
“É difícil de aceitar. Mas acho que temos de pensar a longo prazo e pensar numa solução de longo prazo para isto. Penso que não há nada que possamos fazer com a afinação para solucionar isto. São problemas maiores ”
“Estamos cientes disso e estamos a trabalhar nisso. Mas precisamos de seguir uma estratégia a longo prazo para melhorarmos nisso.”
A discrepância entre os resultados em qualificação e em corrida é um problema que também tem afetado a temporada da Ferrari, equipa com a qual a Haas mantém uma parceria técnica.
Guenther Steiner, diretor de equipa da Haas, acredita que a partilha de recursos entre a formação de Maranello e o construtor norte-americano pode estar na origem dessa similaridade.
“Só posso olhar para as coisas como vocês de fora, mas parece haver um paralelismo”, referiu Steiner. “Parece que eles também perdem em corrida em certas pistas. Não em todas.”
“Pode ser o túnel de vento, uma vez que usamos o mesmo. Mas precisamos de olhar para tudo neste momento. Poderia ser a suspensão?”
“Não podemos simplesmente ir à Ferrari e dizer ‘como vocês têm o problema, é por vossa culpa que temos o problema’. Não é assim tão fácil.”
“Precisamos de encontrar a origem do problema. Essa é a primeira coisa que temos de perceber antes de chegarmos à conclusão de que é o mesmo problema que a Ferrari tem.”