Charles Leclerc revelou ter utilizado o rádio para manifestar a sua intenção de permanecer em pista com os pneus médios e admite não perceber a razão pela qual a Ferrari optou por colocar o composto duro no seu carro.
O monegasco, que arrancou do terceiro posto para a corrida de Budapeste, esteve envolvido na luta pela vitória até ao segundo período de paragens nas boxes, altura em que trocou os pneus médios por duros.
Com uma temperatura de pista baixa, os pneus duros não funcionaram e fizeram com que Leclerc perdesse ritmo e fosse facilmente ultrapassado pelo Red Bull do rival Max Verstappen.
Depois de também ter perdido a segunda posição para Russell, o piloto da Ferrari dirigiu-se de novo às boxes para colocar macios no seu F1-75. No entanto, essa terceira paragem veio a piorar ainda mais a tarde de Leclerc, que regressou à pista em sexto e demasiado longe das posições cimeiras.
“O carro estava bom, os pneus médios estavam bons e penso que esses eram os pneus da corrida”, disse Leclerc, que cruzou a linha de meta em sexto e voltou a perder importantes pontos para o vencedor Verstappen.
“Os macios também eram bastante bons, mas os duros foram os piores pneus com que já conduzi. Não eram as condições certas para colocar esses pneus.”
“Precisamos de falar com a equipa e compreender o pensamento por trás de colocar pneus duros, porque me senti forte nos médios e tudo estava sob controlo.”
“Eu disse no rádio que estava muito confortável no médio e que queria prolongar ao máximo o stint com esses pneus porque a sensação era boa. Não sei porque tomámos uma decisão diferente.”
“Fiquei bastante satisfeito com o ritmo do meu lado, mas obviamente toda a gente se vai lembrar da última parte da corrida, que foi um desastre para mim, especialmente com os pneus duros.”
“Não podemos esperar ganhar o campeonato se fazemos corridas como esta. Hoje não foi bom, o último domingo não foi bom, mas no geral, o ritmo está lá. Só precisamos de juntar tudo, porque parece sempre que há algo de errado. Precisamos de resolver isto.”