A Mercedes e a Renault acreditam que a Fórmula 1 irá correr riscos desnecessários e ter uma grelha menos competitiva com os novos regulamentos das unidades de potência.
Embora as propostas das unidades de potência reveladas esta semana pareçam semelhantes às atuais – com o mesmo motor 1.6 litros mas abandonando o MGU-H e reforçando o MGU-K – as mudanças são suficientes para obrigar os fabricantes a criar novos motores.
A Mercedes e a Renault afirmam que uma série de alterações regulamentares às unidades de potência atuais seriam suficientes para ir de encontro ao desejo dos fãs – motores mais potentes e ruidosos.
“Apesar do que foi dito pela FOM e pela FIA, o que foi apresentado é um novo motor. É um novo motor com muitos truques, mas é um novo motor. Isso é um elemento fundamental”, disse Cyril Abiteboul, diretor geral da Renault.
“Precisamos de ser extremamente cuidadosos porque sabemos o impacto que um novo regulamento com um novo chassis ou um novo motor pode ter. Será novamente uma corrida às armas e isso abrirá a grelha mais uma vez.”
Toto Wolff, chefe de equipa da Mercedes, também se mostrou preocupado com as propostas da Liberty e com os custos provenientes do desenvolvimento de dois motores diferentes.
“Quando olhamos para os tópicos apresentados, parece que não se trata de uma grande mudança e que tudo se mantém similar, mas há mudanças enormes.
“É um motor completamente novo com novas estratégias de recuperação e implantação de energia.
“Todos nós aceitemos que os custos de desenvolvimento e o som precisam de ser abordados, mas não devíamos fugir da criatividade ao criar novos produtos, porque isso irá desencadear custos paralelos de desenvolvimento nos próximos três anos.”