Lando Norris acredita que as corridas virtuais são “mais do que apenas um jogo” após o crescimento recentemente verificado e lamenta o comportamento de Simon Pagenaud, afirmando que o vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 2019 foi “egoísta” ao colocá-lo fora de pista no passado fim de semana.
O piloto da McLaren tem participado em diversas corridas dos campeonatos virtuais da Fórmula 1 e da IndyCar e estava a lutar pela sua segunda vitória consecutiva no campeonato de monolugares norte-americano quando Pagenaud desacelerou propositadamente e originou uma colisão com o britânico em Indianápolis.
O incidente agitou as redes sociais e até mesmo Zak Brown, diretor executivo da McLaren, manifestou a sua opinião, dizendo que a atitude de Pagenaud “não é algo que se espera de um campeão”.
“Eu sei que é virtual e as pessoas olham para isto como um jogo, mas tornou-se um pouco mais do que isso ao longo das últimas semanas”, disse Norris. “Continua a ser expectável que os pilotos experientes ajam profissionalmente. Embora seja virtual e todos utilizem isso como desculpa, é algo que foi levado a sério por praticamente todos os outros.”
“Dedicamos muito tempo a isto, eu, os meus engenheiros e toda a equipa, por isso foi dececionante que alguém tenha sido tão egoísta e não se tenha importado com mais ninguém porque se irritou comigo por algum motivo.”
“Daqui a algumas semanas, talvez os eSports cheguem a um nível em que haja consequências.”
Mas o bizarro incidente entre Norris e Pagenaud não foi caso único nesta corrida, já que Santino Ferrucci, ex-piloto de Fórmula 2, colidiu deliberadamente com o McLaren de Oliver Askew em cima da linha de meta.
O evento contou com a participação de todos os pilotos da grelha de 2020 da IndyCar Series e teve direito a transmissão televisiva nos Estados Unidos da América, razão pela qual Norris pede uma abordagem mais séria por parte dos envolvidos.
“Todos dizem que é um jogo e que, por isso, não nos devíamos importar, mas, ao mesmo tempo, os eSports chegaram a um ponto em que se tornaram mais sérios”, acrescentou.
“Não apenas por estarem na televisão, mas porque há empresas e pilotos que ainda precisam de publicidade. São transmitidos nos Estados Unidos para uma audiência de milhares e milhares de pessoas.”
“Quando está neste nível, torna-se mais do que apenas um jogo.”