Oliver Oakes, diretor de equipa da Alpine, diz que a “difícil” decisão de trocar os motores de Viry pelos da Mercedes demonstra o quanto a formação de Enstone ambiciona progredir na Fórmula 1.
A partir de 2026, a Alpine deixará de fabricar os seus próprios motores para se tornar uma equipa cliente da Mercedes.
A decisão gerou um clima de descontentamento na fábrica de Viry, que já trabalhava no desenvolvimento da unidade motriz de 2026.
“Algumas das decisões que foram tomadas este ano não são fáceis”, disse Oakes no podcast do Beyond the Grid. “O tema Viry é muito pessoal para a equipa e para muitas pessoas, porque tem uma história muito boa como equipa fabricante.”
“Mas também os tempos mudam; vemos isso em todos os tipos de equipas desportivas, que não podem descansar sobre os louros.”
“E penso que temos de ser honestos. Foi feita uma análise antes de eu começar, e a nível da direção, foi decidido que tornarmo-nos uma equipa cliente era do interesse da equipa.”
“Sei que foi uma decisão difícil. Sei que há muita emoção, porque nos orgulhamos de ser uma equipa fabricante e ainda temos um ano juntos no próximo ano, mas sinto que foi também uma grande declaração de intenções sobre onde queremos ir.”
“Não estamos aqui apenas para fazer número. Queremos progredir. Só quero ter o melhor motor na traseira do carro. No final do dia, para mim, estamos aqui para correr.”
“Quero estar na frente da grelha. Não quero estar a andar para trás. E, cruelmente, a escolha que fizemos foi colocar o melhor motor na parte de trás do carro e ajudar a equipa a continuar a subir na grelha.”