Os pilotos da Fórmula 1 lançaram um apelo para que o “inútil” composto de chuva seja melhorado pela Pirelli.
Este sábado, as condições meteorológicas adversas motivaram o adiamento da corrida sprint do Grande Prémio da Bélgica e levaram a que a direção de corrida obrigasse todos os pilotos a utilizar o pneu para chuva forte no arranque.
No entanto, assim que o Safety Car saiu de pista, o pelotão dirigiu-se às boxes para trocar os pneus para chuva forte pelos intermédios.
De acordo com George Russell, a significativa diferença de desempenho entre os dois compostos faz com que o pneu marcado a azul seja rapidamente descartado pelas equipas.
“O pneu extremo é um pneu bastante inútil”, disse Russell. “É muito, muito mau. É provavelmente seis ou sete segundos mais lento por volta do que o intermédio.”
“A única razão pela qual queres o pneu de chuva é porque vais ter aquaplaning num intermédio, portanto isso tem de ser substancialmente melhorado.”
“Lembro-me de ver os onboards de 2007 com o Massa e o Kubica em Fuji. Havia muita água, mas mesmo assim eles estavam a rodar a fundo.”
“Lembro-me de fazer dias de testes aqui na Fórmula 3 e na Fórmula Renault, com a Michelin e Hankook, e a aquaplanagem não era uma realidade. Mas sei que estamos a fazer mais de 320 quilómetros por hora. Não é simples. Mas sim, tem de haver algumas melhorias significativas.”
Fernando Alonso foi outro dos pilotos que criticou o desempenho dos pneus de chuva, afirmando que “mesmo atrás do Safety Car estavam a sobreaquecer”, enquanto Charles Leclerc fez eco dos comentários de Russell.
“Há algum trabalho a fazer neste aspeto porque temos pneus de chuva que são muito lentos, mas são muito bons para a aquaplanagem”, referiu o monegasco da Ferrari.
“Mas nunca conduzimos nessas condições por causa da visibilidade. Por isso, sempre que é possível conduzir, temos de utilizar intermédios.”
“Neste momento, é bastante complicado. Penso que o pneu de chuva deveria ser mais rápido e mais próximo do intermédio, para que possamos correr mais no de chuva do que no intermédio. Mas, para já, é assim”.