Luca de Meo, diretor executivo do Grupo Renault, confirmou que a Alpine tem recebido diversas ofertas, mas garantiu que a equipa não está para venda.
O construtor de Enstone está a atravessar um período difícil depois de ter falhado no desenvolvimento do seu monolugar de 2024.
O dececionante arranque de temporada motivou o surgimento de rumores relativos à possibilidade de a equipa ser colocada à venda.
Esse seria um cenário que poderia interessar à Andretti, que foi aconselhada a ingressar no desporto através da aquisição de uma equipa do pelotão.
No entanto, de Meo esclareceu que colocar a totalidade ou parte da Alpine à venda não está nos planos do Grupo Renault.
“Quero deixar isto bem claro: Não vamos desistir. Não é o meu estilo. Nem sequer vamos vender parte disto. Não precisamos do dinheiro”, disse de Meo à revista Autocar.
“Tivemos pessoas a fazer ofertas a torto e a direito e falou-se sobre isso na imprensa. Mas não estamos interessados. Seria estúpido e não o vamos fazer.”
De Meo admite que uma combinação de erros levou a que a equipa ficasse longe do nível aceitável em termos de desempenho.
“Quando começámos a era híbrida, o nosso motor não funcionou”, acrescentou. “Tínhamos sido campeões do mundo com a Red Bull, mas com o híbrido, as coisas correram mal.”
“Mesmo o motor que desenvolvemos em 2021 tinha uma desvantagem de 0,2s a 0,5s a cada volta. E este ano fizemos asneira com o carro. Se combinarmos tudo, estamos a 1,5s de onde precisamos de estar.”
Segundo de Meo, a Alpine seguirá um plano assente em três pilares para tentar chegar ao topo na Fórmula 1.
“O primeiro é uma equipa de qualidade, composta por pessoas de alto nível”, afirmou.
“O segundo é a fúria de corrida, uma obsessão por ganhar. O terceiro é a colaboração e a confiança em toda a equipa, um espírito de cooperação que faz com que as coisas pareçam mais fáceis.”
“A Alpine deve ser uma das equipas da Fórmula 1 com os ombros mais largos, porque tem o apoio do Grupo Renault.”
“Não acho que mereçamos ser uma equipa de topo neste momento, mas não estamos na Fórmula 1 para sermos turistas, por isso temos de trabalhar arduamente.”
“Claro que cometemos erros. Isso acontece. Mas penso que fizemos bem em colocar a Fórmula 1 no centro da Alpine e em pintar o carro de azul para representar uma cultura automóvel distinta.”
“Esta marca é totalmente legítima porque esteve sempre em competição. Mas pode fazer muito melhor, e não quero perder a oportunidade.”