Carlos Sainz está confiante de que a chegada de Frédéric Vasseur terá um impacto positivo na Ferrari.
Vasseur, ex-diretor executivo e diretor de equipa da Sauber, foi esta terça-feira confirmado pela Ferrari como o substituto de Mattia Binotto na liderança dos destinos da formação italiana.
“É uma mudança que esperamos que seja para melhor”, disse Sainz durante um evento da Estrella Galicia em Espanha. “Sempre que chega alguém novo, ele tem uma motivação extra, querendo sucesso para si próprio e para a equipa.”
“É preciso dar-lhe tempo. A Ferrari é uma equipa gigante com 1200 ou 1300 pessoas e tens de ver como tudo funciona e saber que mudanças são necessárias. Isso levará o seu tempo, não acontece de um dia para o outro.”
“Eu ouvi coisas muito boas sobre ele. Eu conheço-o pessoalmente, ele já queria assinar comigo para ir para a Renault [em 2016]. Eu falei com ele ontem, telefonei-lhe e tive o meu primeiro contacto como piloto da Ferrari. Eu sei que ele se vai sair bem.”
Refletindo sobre a temporada de 2022, Sainz descreveu a sua campanha como mais desafiante do que o esperado.
“Houve momentos com picos muito altos e outros muito baixos”, afirmou o espanhol, cujos muitos abandonos contrastaram com a conquista da primeira pole e da primeira vitória da sua carreira.
“Espero que o próximo ano tenha uma temporada mais linear, com muitos pontos e menos abandonos.”
“Este ano tive um início de temporada muito desafiante. Fiquei de imediato em desvantagem e enfrentei desafios que não esperava ter de enfrentar.”
“Mas estou muito orgulhoso da forma como recuperei a temporada e da forma como me consegui manter motivado, mesmo com todos os altos e baixos e com todas as dificuldades que tivemos.”
“Penso que, nesse sentido, foi o ano em que mais aprendi desde 2015. Depois tive anos mais difíceis e fáceis, mas nunca um ano tão desafiante como 2022.”
“Encontrei-me numa posição em que estava constantemente fora do ritmo nas primeiras cinco, seis corridas, e tive de lutar muito para mudar algumas coisas na minha condução, algumas coisas no carro, tentar aproximar um pouco mais o carro do meu gosto.”
“Também tive de fazer um reset à forma como estava a conduzir e isso demorou muito tempo. Mas assim que aconteceu, senti que dei um enorme passo em frente como piloto e que aprendi muito.”