Guenther Steiner afirmou ter assinado com Nico Hulkenberg por acreditar que a experiência do alemão contribuirá para a ascensão da Haas na grelha da Fórmula 1.
A formação norte-americana anunciou esta quinta-feira que Mick Schumacher será substituído pelo compatriota Hulkenberg na temporada de 2023.
O mais veterano dos germânicos disputou 183 Grandes Prémios ao serviço de quatro equipas desde 2010, números que fizeram a diferença na hora da decisão de Steiner.
“Ele esteve na Fórmula 1 durante muito tempo e esteve com equipas do segundo pelotão durante muito tempo, por isso sabe como funcionam e como melhorá-las”, disse Steiner. “Olhámos para isso e as equipas onde ele esteve fizeram sempre progressos. O nosso objetivo é fazer o mesmo aqui e foi por isso que surgiu essa escolha.”
“O Nico já esteve com três ou quatro equipas antes, por isso ele tem a experiência. E a experiência leva tempo a adquirir. Nós não temos esse tempo porque queremos avançar. Não queremos estar onde estamos agora, queremos ser melhores.”
“Eu diria que o Mick não tem a experiência que o Nico tem. E precisávamos de experiência para fazer avançar a equipa.”
“Não quero dizer que o piloto não estava preparado para o futuro, a equipa também precisa de ser muito melhor para que o futuro melhore. Não estou a culpar o Mick por estarmos onde estamos.”
“Mas no geral, fizemos bons progressos nos primeiros anos, estagnámos em 2019 e fomos ao fundo em 2020. Portanto, precisamos de avançar novamente e isso é mais fácil com pilotos experientes que já o fizeram antes.”
Quando lhe perguntaram se a decisão poderia ter sido outra caso tivesse sido Schumacher a alcançar a pole position em Interlagos, Steiner respondeu: “Nada teria mudado.”
“Não podes tomar esta decisão com base num resultado emocional numa corrida ou numa qualificação, isso seria errado.”
Steiner sublinhou, no entanto, a forma como Schumacher recebeu a notícia de que não continuaria com a equipa em 2023.
“Muito maduro, devo admitir”, referiu. “Disse-lhe que estávamos gratos pelo que ele fez num período difícil para a equipa.”
“Obviamente, é sempre emocional. Mas ele apreciou realmente o facto de lhe termos dado uma oportunidade. Nunca é bom fazer isto, nunca é um momento de alegria. Mas eu queria falar com ele sobre isto e essa conversa aconteceu na quarta-feira.”