Andrea Stella afirma que o carro de 2026 é demasiado lento nas curvas e demasiado rápido nas retas, enquanto James Vowles avisa que a Fórmula 1 não deve ter monolugares apenas ligeiramente mais velozes do que a Fórmula 2.
A apresentação dos regulamentos técnicos para 2026 suscitou alguma apreensão no paddock da Fórmula 1.
De acordo com o Motorsport.com, as preocupações das equipas serão transmitidas a Stefano Domenicali, diretor executivo da Fórmula 1, numa reunião que decorrerá este sábado em Montreal.
O esboço dos regulamentos elaborado pela FIA mostra um carro de menores dimensões, com menos downforce e com um sistema de aerodinâmica ativa que permitirá que os pilotos reduzam o arrasto nas retas e aumentem o downforce nas curvas.
“Neste momento, pela forma como os carros estão na versão preliminar dos regulamentos, não são suficientemente rápidos nas curvas e são demasiado rápidos nas retas”, disse Stella, diretor de equipa da McLaren, quando questionado sobre o feedback do simulador. “Estes dois aspetos precisam de ser reequilibrados”.
Vowles, diretor de equipa da Williams, considera que a Fórmula 1 não pode arriscar perder o estatuto de campeonato de topo do desporto motorizado mundial.
“É imperativo que continuemos a ser o campeonato líder no desporto motorizado”, referiu Vowles. “É assim que nos vejo, somos o pináculo.”
“Portanto, como resultado disso, precisamos de garantir que mantemos o desempenho e a velocidade que temos – e, neste momento, há um desfasamento.”
“Fundamentalmente, a diferença de desempenho em relação a um carro de Fórmula 2 pode ser de apenas alguns segundos, e isso começa a ser um pouco apertado, especialmente quando comparado com outros campeonatos.”
“Mas também se trata de um esboço dos regulamentos e ainda esta semana, de facto, houve duas alterações que retiraram um pouco de downforce. Estou confiante de que chegaremos a uma solução melhor a esse respeito. Não é que estejamos assim tão longe, é apenas necessário um pouco mais de trabalho.”