Frédéric Vasseur, diretor de equipa da Ferrari, acredita que o carro de 2023 da Scuderia é mais competitivo do que os comentários dos seus pilotos sugerem.
O construtor italiano tem enfrentado dificuldades para extrair ritmo do seu monolugar em condições de corrida e subiu por apenas uma vez ao pódio nos seis Grandes Prémios já disputados.
Mais encorajadora é a prestação da equipa em qualificação, uma vez que Charles Leclerc alcançou a pole position no Azerbaijão e esteve perto de repetir o feito no Mónaco.
Para Vasseur, as críticas dos pilotos ao comportamento do carro são parcialmente motivadas pelo facto de as entrevistas à imprensa serem levadas a cabo imediatamente após cada sessão.
“Temos sempre de manter a calma”, começou por dizer Vasseur. “Se o carro fosse tão difícil de pilotar, não consigo imaginar que estivéssemos a um décimo de segundo do Verstappen.”
“Às vezes, vocês estão em cima dos pilotos cinco minutos depois da qualificação. Consigo entender perfeitamente a frustração deles, mas os comentários que eles fazem meia hora depois são um pouco diferentes.”
“Dizer que o ritmo não estava lá no Mónaco é um pouco duro para nós. Estávamos na posição de lutar pela pole position. E se arrancares da pole position, penso que a vitória é possível.”
Embora a Mercedes tenha introduzido radicais soluções no Mónaco para tentar aproximar-se da dianteira, Vasseur descartou a possibilidade de a sua equipa seguir por esse caminho num futuro próximo.
“Não se trata apenas do potencial do pacote e das evoluções”, acrescentou. “Também temos de operar o carro numa janela melhor.”
“O nosso primeiro objetivo não é apenas colocar downforce no carro. É também termos um carro um pouco mais consistente.”
“Para além das evoluções, temos grande margem para melhorar com o carro atual em termos de desempenho.
“Enquanto estiver convencido que podemos melhorar o carro atual, seria um erro mudar totalmente durante a temporada.”