James Vowles revelou que abordou Carlos Sainz pela primeira vez ainda antes do anúncio da ida de Lewis Hamilton para a Ferrari e admite não entender a razão pela qual equipas como a Red Bull e a Mercedes não tentaram contratar o espanhol.
Sainz anunciou esta semana que decidiu aceitar a oferta da Williams e juntar-se a Alex Albon na equipa em 2025.
“A conversa já dura há muitos meses”, explicou Vowles. “Não foram semanas. Tudo começou há muito tempo, em Abu Dhabi no ano passado.”
“Só falei com um piloto em Abu Dhabi no ano passado, apenas um, e foi o Carlos, só para ser muito claro. Não foi um tiro no escuro. Escolhi um piloto que achei que faria a diferença.”
Quando lhe perguntaram se ficou surpreendido com o facto de as equipas de topo não terem apostado em Sainz, Vowles disse: “Sim, é a resposta curta, porque o considero um dos quatro melhores pilotos, se não, por vezes, o segundo melhor piloto da grelha. Porque é que não havíamos de o querer na nossa equipa?”
“Porque a minha visão das coisas é que, fundamentalmente, as equipas estão cada vez mais próximas, por isso a diferença marginal que o piloto pode fazer… e não me refiro apenas em termos de desempenho. Olhem para o Carlos e olhem para todas as equipas em que ele esteve. Elas melhoraram significativamente.”
“Portanto, quando se está na posição da Red Bull e se tem um campeonato de construtores em risco, é sempre uma decisão difícil, mas sim, eu teria o Carlos ao lado de Max.”
“Se estivermos na Mercedes, é uma escolha difícil, eles oscilaram entre não serem competitivos, caso em que faz sentido investir no futuro, e serem muito competitivos… Agora é mais difícil decidir se investimos em entidades conhecidas ou desconhecidas.”
“Mas, dito isto, se a Mercedes tomou essa decisão, eles têm muito mais informação do que eu, é mais do que provável que estejam confiantes na direção em que vão seguir – seja o Max ou o Kimi, não tenho a certeza, mas o que quero dizer é que eles não são parvos e tomaram a decisão de forma sensata.”
“E se a Red Bull decidiu fazer isto, mais uma vez, há razões por detrás que eu desconheço. Eles são campeões do mundo e não tomam decisões de ânimo leve. Mas fiquei surpreendido, para responder à pergunta.”