Toto Wolff diz que a Red Bull é uma das equipas que está a ser investigada por irregularidades relacionadas com o teto orçamental e classifica o assunto como “massivamente importante”.
A manhã do dia de abertura do Grande Prémio de Singapura ficou marcada pelo surgimento de rumores que apontam para a possibilidade de duas das dez equipas da grelha não terem cumprido o teto orçamental de 145 milhões de dólares estabelecido para 2021.
Christian Horner, diretor de equipa da Red Bull, refutou a envolvência da formação de Milton Keynes em qualquer infração, garantindo ter submetido números inferiores ao limite máximo permitido.
“É engraçado que o Christian diga isso, porque eles estão a ser investigados há semanas e meses”, disse Wolff. “Talvez ele não fale com o seu diretor financeiro.”
“Todos nós fomos investigados diligentemente e, segundo sabemos, há uma equipa com uma infração menor e outra equipa que excedeu massivamente. Isso está a ser analisado, é um segredo aberto no paddock.”
Wolff acredita que a situação pode ter influência em três campeonatos caso a Red Bull tenha utilizado recursos adicionais para desenvolver o chassis mais leve que tem dado vantagem à equipa em 2022.
“Se é verdade que eles homologaram um chassis mais leve este ano, eles podem usá-lo no próximo ano”, acrescentou. “Portanto, é uma cascata de eventos que pode ter influência em todos os três campeonatos.”
O austríaco afirma confiar nas ferramentas criadas pela Federação Internacional do Automóvel para abordar a questão do limite orçamental.
“Penso que existe uma governação muito sólida que a FIA estabeleceu”, referiu. “Vai ser emitido um certificado de conformidade e depois, se não estiveres em conformidade, o caso vai para o painel de adjudicação do limite orçamental com juízes independentes, e eles podem escolher a penalização mais apropriada.”
“Mas a parte crucial é que se ultrapassaste o limite em 2021, então ultrapassaste o limite em 2022, o que significa que tens uma vantagem para 2023.”
Para Wolff, o caso é especialmente relevante pelo facto de a sua equipa ter imposto medidas drásticas para ficar abaixo do teto orçamental.
“É um assunto massivamente importante, estamos a correr com partes usadas, não estamos a correr com as partes que queríamos utilizar, não estamos a desenvolver o que podíamos estar a desenvolver”, revelou.
“Dispensámos mais de 40 pessoas e sentimos muito a falta delas na nossa organização. Ficar dentro do limite foi um projeto colossal.”
“Não sei quantas dezenas de milhões tivemos de reestruturar e reprocessar para estar abaixo do limite. Se alguém não estiver a fazer isso, ou estiver a esticar os limites, cada milhão é uma desvantagem enorme.”