Fernando Alonso lamentou a falta de profissionalismo dos comissários desportivos da Fórmula 1 após a atribuição de uma penalização “muito injusta” que lhe custou um lugar nos pontos em Miami.
O piloto espanhol perdeu o nono lugar final devido a uma penalização de cinco segundos relacionada com uma saída de pista na chicane do traçado norte-americano.
Alonso e a Alpine garantem ter provas de que o tempo ganho nessa incursão fora de pista foi recuperado ainda no decorrer da mesma volta, evidências que terão sido ignoradas pelos comissários desportivos.
“Acreditamos que foi muito injusto e que foi simplesmente incompetência por parte dos comissários desportivos”, disse Alonso. “Penso que eles não foram muito profissionais em Miami.”
“Falhei uma curva e depois devolvi o tempo na mesma volta, mas obviamente depois de perder a curva há uma cronometragem logo a seguir, portanto eles viram a cor rosa no setor e tomaram a decisão sem pedir qualquer prova.”
“Chegámos depois da corrida com todas as provas para mostrar que tínhamos devolvido o tempo, mas eles já estavam a fazer as malas. Nem sequer estavam na sala.”
“Aqui, mostrámos-lhes todos os dados. Disseram-nos que nos davam cinco minutos e depois viram-se com as mãos atadas, provavelmente porque já emitiram a penalização e não sabem como voltar atrás.”
“Foi muito mau, honestamente. Já faz parte do passado, mas é algo que não deveria acontecer na Fórmula 1.”
Alonso acredita que a estreia do português Eduardo Freitas no cargo de diretor de corrida irá resultar num trabalho mais rigoroso e profissional em Barcelona.
“Precisas de ter algum conhecimento sobre corridas antes de te tornares diretor de corrida ou de tentares monitorizar uma corrida”, acrescentou. “Não creio que esse conhecimento exista neste momento.”
“Sei que há um novo diretor de corrida aqui. Penso que o Eduardo Freitas tem muito mais experiência com o WEC e outras categorias de topo, e acho que isso já irá melhorar as coisas.”
“Os acidentes que tivemos em Miami, com o Carlos e o Esteban… Penso que fizemos pressão para colocar lá algumas barreiras e pneus ou Tecpro, mas ninguém fez nada.”