Fernando Alonso acredita que não fez sentido impor um teto salarial aos pilotos numa altura em que a Fórmula 1 está a expandir o seu calendário e “a pedir cada vez mais de nós”.
Os salários dos pilotos e dos três funcionários mais bem remunerados estão entre as despesas excluídas do teto orçamental de 140 milhões de dólares que as equipas terão de cumprir em 2022.
No entanto, a introdução de um limite aos salários dos pilotos é uma possibilidade que tem vindo a ser discutida num passado recente.
“Não acho que seja necessário”, disse Alonso. “Os pilotos têm estado sempre fora deste tópicos e acho que eles estão a usar-nos cada vez mais para promover a Fórmula 1. Fazemos cada vez mais eventos e estamos mais em contacto os fãs.”
“Eles estão a pedir-nos cada vez mais e estão a beneficiar disso. Por isso, devemos estar fora desse limite.”
Mattia Binotto, diretor de equipa da Ferrari, confirmou que o tema está a ser discutido entre as equipas, mas admitiu que “não existe uma solução simples” para o debate.
“Esse é um ponto que começámos a discutir há um mês juntamente com as restantes equipas, a Fórmula 1 e a FIA”, disse Binotto. “Compreendemos a importância de tentar de alguma forma limitar as despesas globais.”
“Obviamente, não há apenas os três principais elementos das equipas e os pilotos, há também o motor e a unidade motriz, para os quais haverá um limite orçamental no futuro.”
“Por isso, estamos a discutir o assunto. Não existe uma solução simples, especialmente para um limite máximo do salário dos pilotos. Mas estamos definitivamente a discuti-lo e a tentar compreender o que pode ser feito.”