Mattia Binotto defendeu a estratégia delineada pela Ferrari para Charles Leclerc em Silverstone, afirmando que a equipa se baseou no senso comum para tomar a decisão de manter o monegasco em pista durante o período de Safety Car.
Leclerc, que liderava a corrida e parecia estar a caminhar para a sua terceira vitória da temporada, recebeu instruções para permanecer em pista aquando da entrada do Safety Car a 12 voltas do final do Grande Prémio.
No reinício de corrida, Leclerc não teve argumentos para se defender de Carlos Sainz, Sergio Pérez e Lewis Hamilton, que tinham tirado partido da ocasião para colocar pneus macios novos nos seus carros.
“Era senso comum dar prioridade ao carro líder protegendo a posição em pista”, disse Binotto. “Não há nada de invulgar nesta estratégia. Damos sempre prioridade ao carro da frente e, portanto, ao Charles nesta situação.”
“Ele estava com pneus mais frescos nessa altura. Se ele tivesse parado, os nossos adversários teriam feito exatamente o contrário e teriam ganho a posição em pista com pneus duros quase novos.”
“Basta pensar no Lewis Hamilton no final da temporada no ano passado em Abu Dhabi, quando ele ficou em pista. A Mercedes optou por não parar o Hamilton e manter a posição em pista durante um período tardio de Safety Car, uma decisão que lhes custou apenas porque a corrida recomeçou inesperadamente de uma forma que não estava em conformidade com os regulamentos.”
“Ao mesmo tempo, decidimos colocar o Carlos na estratégia oposta, com o intuito de cobrir todas as possibilidades. Se não tivéssemos feito essa separação estratégica, teríamos corrido o risco de perder a corrida e entregar a vitória aos nossos adversários.”