Mattia Binotto diz que a Audi precisa de “escalar o Evereste” para chegar ao topo da Fórmula 1 e antecipa que a equipa esteja em posição de lutar por títulos em 2030.
O construtor alemão entrará oficialmente na Fórmula 1 em 2026 depois de ter concluído a aquisição da Sauber.
Binotto, ex-diretor de equipa da Ferrari, será um dos líderes do projeto, juntamente com o diretor de equipa Jonathan Wheatley, atual diretor desportivo da Red Bull.
Segundo o italiano, transformar a Sauber numa equipa de topo é uma tarefa que não pode ser subestimada.
“Não é apenas escalar uma grande montanha, é escalar o Evereste”, disse Binotto à BBC Sport. “Vai levar vários anos.”
“O nosso objetivo é, no final da década, podermos lutar pelos campeonatos.”
“Quando se está aqui e se começa a olhar para os pormenores, quanto mais se olha, mais se percebe onde se está e quais são as principais diferenças em relação ao que eu conhecia da Ferrari.”
“É certo que a desvantagem é grande e as diferenças são muitas. Isso deve-se ao número de pessoas, à mentalidade, às ferramentas, às instalações. Seja qual for a perspetiva, é realmente uma comparação entre uma equipa pequena e uma equipa de topo.”
Questionado numa outra entrevista sobre o prazo que tem em mente para a Audi se tornar vencedora, Binotto referiu: “Outras equipas demoraram anos a chegar ao topo.”
“O Jean Todt juntou-se a Maranello em 1993 e o primeiro título de construtores foi em 1999. A mesma coisa para a Mercedes. Demorará cinco a sete anos. Esperamos estar em condições de lutar em 2030.”