Force India e McLaren querem que a parceria técnica entre Ferrari e Haas seja investigada depois de um desempenho “mágico” da equipa no início da temporada.
A Haas assegurou a terceira linha da grelha de partida para o Grande Prémio da Austrália e ocupava a quarta e quinta posições antes de problemas nas trocas de pneus fazerem com que ambos os carros abandonassem.
A prestação da equipa levantou questões sobre a relação entre os americanos e a Ferrari, com os regulamentos a proibirem a passagem de informações de equipa para equipa no que diz respeito às peças que cada uma tem de construir.
Otmar Szafnauer, diretor de operações da Force India, quer que a aplicação dessas restrições seja discutida no próximo encontro do Grupo Estratégico da Fórmula 1.
“Não sei como é que eles fazem, é magia”, disse. “Nunca tinha sido feito na Fórmula 1.”
“Não sei como é que alguém que está no desporto há um par de anos e sem recursos consegue produzir um carro como este. Será que acontece por magia?”
“Se for magia, quero essa varinha.”
Fernando Alonso disse em Melbourne que o Haas de 2018 era “uma réplica do Ferrari de 2017” e Zak Brown, diretor executivo da McLaren, afirmou que este tema “é algo que precisa de ser rigorosamente analisado”.
Brown admitiu não ter nenhuma evidência que sugira que a Haas está a infringir os regulamentos, mas disse: “Todos sabemos que eles têm uma íntima aliança com a Ferrari e penso que precisamos de assegurar que essa aliança não seja demasiado íntima.”
“Pode haver alguma influência, há algumas partes do carro que se parecem muito com o carro do ano passado. Mas os engenheiros e a FIA é que têm de analisar isso com mais rigor.”
Szafnauer pediu à FIA uma explicação sobre o processo que garante que as diretrizes estipuladas estejam a ser respeitadas.
“Todas as plataformas aerodinâmicas têm de ser construídas pela própria equipa”, disse. “Não sei como é que se pode dizer se são ou não se não houver uma investigação.”
“As verificações só te dizem se está de acordo com os regulamentos, mas a verdadeira questão é se aquela ideia é tua ou não. E não sei a resposta para isso.”
“Talvez seja deles, mas é suspeito. Como é que se ganha tanto conhecimento sem história, recursos e pessoas certas?”