Na sequência das críticas dos pilotos durante o fim de semana de Melbourne, a Federação Internacional do Automóvel emitiu um comunicado para esclarecer que rodar a um ritmo elevado não é a principal função do Safety Car da Fórmula 1.
No Grande Prémio da Austrália, o desempenho do Safety Car foi alvo de críticas por parte dos pilotos, com Max Verstappen a comparar o Aston Martin Vantage a uma tartaruga e a sublinhar o ritmo mais rápido do Mercedes-AMG GT Black Series utilizado nas duas primeiras corridas.
Charles Leclerc, vencedor do Grande Prémio, efetuou comentários semelhantes, afirmando que a reduzida velocidade não o permitiu colocar os pneus à temperatura antes dos reinícios de corrida.
“À luz dos recentes comentários sobre o ritmo do Safety Car da Fórmula 1, a FIA gostaria de reiterar que a principal função do Safety Car da Fórmula 1 não é, evidentemente, a velocidade, mas sim a segurança dos pilotos, comissários e colaboradores”, lê-se no comunicado lançado esta quinta-feira.
“Os procedimentos do Safety Car têm em conta múltiplos objetivos, dependendo do incidente em questão, incluindo a exigência de reagrupar o pelotão, contornar a recuperação de um incidente ou de detritos em pista de forma segura e ajustar o ritmo em função das atividades de recuperação que possam estar em curso numa parte diferente da pista.”
“A velocidade do Safety Car é, portanto, ditada normalmente pela direção de corrida, e não limitada pelas capacidades dos Safety Cars, que são veículos de alto desempenho preparados por dois dos maiores fabricantes do mundo, equipados para lidar com condições de pista variáveis a todo o momento e conduzidos por um piloto e co-piloto extremamente experientes e capazes.”
“O impacto da velocidade do Safety Car no desempenho dos carros é uma consideração secundária, pois o impacto é igual entre todos os concorrentes que, como é sempre o caso, são responsáveis por conduzir em segurança a todo o momento de acordo com as condições do seu carro e do circuito.”