Nikolas Tombazis, diretor de monolugares da FIA, explicou que os regulamentos técnicos de 2026 foram criados a pensar nos fãs e com o intuito de corrigir as falhas do carro da atual geração.
Esta quinta-feira, o órgão governativo do desporto apresentou os regulamentos para a próxima era da Fórmula 1, que incluem a introdução de carros mais leves e pequenos, com um sistema de aerodinâmica ativa e sem DRS.
“Com este conjunto de regulamentos, a FIA procurou desenvolver uma nova geração de carros que estão totalmente em contacto com o ADN da Fórmula 1 – carros que são leves, extremamente rápidos e ágeis, mas que também se mantêm na vanguarda da tecnologia”, disse Tombazis.
“No centro desta visão está uma unidade motriz redesenhada que apresenta uma divisão mais equilibrada entre a potência derivada do elemento de combustão interna e a energia elétrica.”
“Uma parte significativa destes regulamentos envolveu pensar nos fãs. Acreditamos que demos um passo rumo a corridas mais próximas em 2022, mas também houve coisas que não fizemos da forma correta e estamos a tentar acertar completamente agora.”
“Acreditamos que as corridas serão muito mais entusiasmantes e as batalhas muito mais próximas entre os carros. Esperamos que os carros continuem a ser muito difíceis de conduzir. Haverá um pouco menos de downforce nos carros e mais alguns aspetos a ter em conta para os pilotos. Esperamos que isso, juntamente com as corridas mais renhidas, faça com que este continue a ser um campeonato de pilotos e um grande desafio para estes indivíduos tão inteligentes e talentosos.”
Tombazis considera que os regulamentos de 2026 representam uma oportunidade para as equipas da parte de trás do pelotão se aproximarem da frente da grelha.
“Não nos propomos fazer regulamentos com uma hierarquia em mente – nunca podemos prever quem vai acertar e quem não vai”, acrescentou. “Mas quando há grandes mudanças – e estas são grandes mudanças – esperamos um pouco de remodelação. Não podemos prever a natureza dessa remodelação, mas é natural que a esperemos.”
“Este é o segundo conjunto de regulamentos em que as equipas vão desenvolver um carro abaixo do limite orçamental. E essa é uma oportunidade para algumas das equipas mais pequenas recuperarem o atraso. As equipas maiores não podem gastar de forma irracional e em todas as direções possíveis. Todas as equipas terão de estabelecer prioridades e decidir onde colocar os seus esforços.”