A introdução de um kit para reduzir o spray em condições de chuva e a aplicação de penalizações mais severas no que à troca de componentes da unidade motriz diz respeito foram alguns dos pontos em discussão na quarta e última reunião da Comissão da Fórmula 1 em 2022.
Esta sexta-feira, as equipas reuniram-se com o órgão governativo do desporto para um debate em torno dos regulamentos técnicos, desportivos e financeiros da Fórmula 1.
Uma das problemáticas abordadas na reunião está relacionada com a visibilidade na rodagem em piso molhado, que se tornou pior com a introdução da nova geração de monolugares.
Para colmatar esta limitação, a FIA sugeriu a instalação de um kit padrão em todos os monolugares que cubra as rodas e reduza o volume de água atirado para o carro de trás.
“O feedback dos pilotos sugeriu que existe uma visibilidade reduzida em condições extremamente molhadas com esta geração de carros, o que é um fator determinante no arranque ou reinício de sessões”, lê-se no comunicado da FIA.
“Por isso, a FIA iniciou um estudo para definir um pacote de peças com o objetivo de suprimir o spray gerado em condições de chuva.”
Caso a ideia seja aprovada, o kit só poderia ser introduzido nos carros antes de um arranque para uma corrida em que se exija a utilização de pneus de chuva ou durante um período de bandeira vermelha que anteceda a utilização desses compostos da Pirelli – e não teria interferência nas paragens nas boxes.
Outro dos tópicos em cima da mesa assentou na necessidade de serem realizadas alterações às penalizações resultantes da substituição de elementos da unidade motriz.
De acordo com a FIA, o sistema atual não é suficientemente forte para impedir que as equipas façam alterações táticas durante a temporada.
Em 2022, sete dos 20 pilotos da grelha utilizaram seis unidades motrizes ao longo do ano, mais três do que o limite estabelecido pelos regulamentos.
“Foram discutidas pela Comissão possíveis atualizações das sanções relacionadas com as infrações por troca de componentes na unidade motriz”, referiu a FIA.
“Foi acordado que o sistema atual não é suficientemente forte para dissuadir as equipas de efetuarem mudanças estratégicas na unidade motriz e encoraja a mudança de mais componentes do que o necessário quando um piloto ultrapassa um certo nível de penalização.”
“Isso acaba por causar custos de peças mais elevados e diminui a eficácia das restrições anuais dos componentes da unidade motriz.”