O regresso da Fórmula 1 a Las Vegas ficará marcado pelas baixas temperaturas e pela consequente dificuldade que os pilotos enfrentarão ao nível do aquecimento dos pneus.
Esta quarta-feira, a Pirelli confirmou que levará os seus três compostos mais macios para a corrida norte-americana, que se realizará à noite e com temperaturas potencialmente abaixo dos 10 graus.
O invulgar programa do Grande Prémio determina que a qualificação terá início à meia-noite de sábado e que a corrida se iniciará às 22h00 do mesmo dia.
“O asfalto é bastante suave, de acordo com as informações que recebi, pelo que o nível de aderência será muito baixo”, disse Mario Isola, diretor da Pirelli Motorsport.,
“Posso imaginar que com estas condições frias, super frias, e um circuito que não está a gerar muita energia para os pneus, o aquecimento será complicado.”
Carlos Sainz considera que as características da pista podem contribuir para o problema da temperatura ao longo do fim de semana.
“Fiz 50 ou 60 voltas no simulador, que é o que normalmente gosto de fazer quando se trata de uma pista nova”, afirmou Sainz. “Penso que o principal será a temperatura e a forma como os pneus se comportarão.”
“Para além disso, tendo em conta o desenho da pista, o pneu irá arrefecer nas retas longas. Depois, entrar numa curva com uma afinação de baixo downforce, num pneu frio e num asfalto novo… Penso que há muitas variáveis. Os pneus e as temperaturas vão ser um tema de conversa nesse fim de semana.”
Alex Albon referiu que as condições poderão obrigar os pilotos a cumprir “três ou quatro voltas de preparação” na qualificação disputada no “muito rápido” circuito de Las Vegas.
“Parece uma pista extremamente rápida quando estás a conduzir no simulador”, acrescentou o piloto da Williams. “E muitas das curvas são a fundo. Portanto, não há muitas curvas, o que nos deve favorecer. Podem estar quatro ou cinco graus, o que será interessante.”
Jody Egginton, diretor técnico da AlphaTauri, comparou as temperaturas de Las Vegas com as condições que as equipas encontravam nos testes de inverno em Barcelona.
“É um circuito com muitas retas longas e algumas curvas de baixa velocidade”, disse Egginton. “Portanto, talvez uma pista semelhante a Baku.”
“As temperaturas vão ser provavelmente um dos maiores desafios. Penso que estamos à espera de um circuito com 10 graus de temperatura ambiente, muito parecido com os testes de inverno. Durante muitos anos, fizemos testes de inverno em Barcelona com esse tipo de temperaturas.”
“Por isso, não vai ser completamente novo para nós. Mas é, sem dúvida, bastante diferente em termos de utilização do carro e dos pneus em relação ao que estamos habituados numa temporada normal.”