Lewis Hamilton diz que o pedido da Mercedes para abrandar o ritmo e manter George Russell no seu DRS na fase final do Grande Prémio do Japão “não fez sentido”.
O heptacampeão do mundo, que possuía pneus mais frescos do que Russell pelo facto de ter realizado mais uma paragem do que o seu colega de equipa, ultrapassou o outro carro da Mercedes na sequência de uma ordem emitida pelo muro das boxes da equipa.
No entanto, Hamilton recebeu indicações para abrandar o ritmo e possibilitar que Russell tirasse partido do DRS para se defender de Carlos Sainz e tentar manter o sexto posto.
No final, a degradação dos pneus de Russell impediu o britânico de segurar a posição face ao Ferrari de Sainz, que terminou assim entre os dois carros da Mercedes.
A estratégia foi uma réplica da tática utilizada de forma bem sucedida por Sainz e Lando Norris no Grande Prémio de Singapura do passado fim de semana.
“Não acho que tenha sido uma boa ideia”, disse Hamilton. “Quando eles me sugeriram isso, eu sabia que eles obviamente tirado essa ideia da última corrida, e não fazia sentido.”
“Precisava de me afastar o mais possível e estava a fazer isso. Estava cerca de dois segundos à frente e pediram-me para dar DRS ao George, por isso tive de abrandar na reta para que ele ficasse a oito décimos.”
“Ele conseguiu o DRS, mas foi ultrapassado, o que ia acontecer porque ele estava numa estratégia de uma paragem e nós numa de duas.”
“Depois o Sainz ultrapassou-o e ficou mesmo atrás de mim, o que não foi o ideal. Tornou tudo muito difícil nas últimas voltas, mas acho que como equipa temos de estar gratos por um quinto e um sétimo lugares.”
Hamilton considera que Russell teria tido mais hipóteses de defender o sexto posto caso ambos não se envolvessem numa dura batalha em pista.
“Devíamos ter trocado de posição mais cedo e eu devia ter ficado o mais à frente possível para manter a diferença para os Ferraris”, acrescentou.
“Penso que se tivéssemos invertido, talvez o George tivesse conseguido mantê-lo atrás. Mas como ele estava a tentar lutar comigo e a danificar os pneus, acho que isso só tornou as coisas mais complicadas.”
“O facto é que não estamos a lutar entre nós no campeonato, como pilotos não é importante onde estamos. O que é importante é que um de nós termine à frente do Ferrari para mantermos a posição, por isso hoje tínhamos mesmo de trabalhar como uma equipa.”