Depois de ter desenvolvido de forma “quase milagrosa” uma nova unidade motriz em apenas seis meses, a Honda acredita que poderá alcançar o seu objetivo de superar a Mercedes em 2021.
O construtor japonês, que abandonará a Fórmula 1 no final desta temporada, comprometeu-se com o desenvolvimento de uma unidade motriz completamente nova cuja introdução estava inicialmente planeada para 2022.
“Há seis meses, dei a instrução para começarmos a trabalhar na nova unidade motriz”, disse Yasuaki Asaki, diretor de desenvolvimento das unidades motrizes da Honda. “Penso que a maior preocupação do lado da Red Bull era se conseguiríamos fazê-lo a tempo, mas explicamos que com a unidade motriz anterior não seríamos capazes de bater a Mercedes, e que precisaríamos mesmo de uma nova unidade motriz para vencer.”
“Houve alguns dos nossos engenheiros que vieram ter comigo diretamente e disseram que não seríamos capaz de fazer o desenvolvimento necessário no tempo que temos. No entanto, assim que todos foram informados de que iríamos deixar a Fórmula 1, penso que compreenderam a razão pela qual vim ter com eles e lhes pedi para que preparassem esta nova unidade motriz naquele tempo.”
“Portanto, o que fiz foi dizer a todos que, dado que este é o nosso último ano, seria bom para nós podermos demonstrar o que atingimos como engenheiros da Honda. E com isso a expressão de todos mudou instantaneamente. Todos começaram a trabalhar para fazer o que precisava de ser feito.”
“Mudar a estrutura da unidade motriz em apenas seis meses é uma coisa incrivelmente desafiante de fazer. Mas graças ao trabalho árduo de todos, conseguimos terminar o desenvolvimento, rodamos bem nos testes e conseguimos preparar-nos para a primeira ronda.”
“Por isso, se tudo correr bem, pensamos que isto poderá contribuir para as capacidades da Red Bull. É também um sinal da conquista tecnológica quase milagrosa que conseguimos alcançar.”
De acordo com o engenheiro japonês, as melhorias implementadas no motor dos carros da Red Bull e da AlphaTauri deverão ter efeitos imediatos ao nível do desempenho.
“Acredito que fomos capazes de implementar tudo o que temos de fazer para competir com a Mercedes”, acrescentou. “Tivemos muita cooperação da Red Bull, assegurando que podíamos extrair o máximo deste novo motor compacto.”
“Só nos resta um ano, pelo que temos de ser capazes de obter melhorias imediatas com isto. O nosso objetivo é bater a Mercedes. No ano passado, quando pensávamos que nos estávamos a aproximar deles, eles mostraram mais melhorias. Olhando para o que aprendemos até agora, estabelecemos objetivos ainda mais elevados, e se as melhorias estiveram entre os níveis que prevemos, acredito que teremos a capacidade de competir com eles.”