Robert Kubica diz que quase começou a rir quando a equipa lhe disse que o seu ritmo não era mau, já que as sensações dentro do Williams eram “muito más” em Melbourne. O polaco admite que a Williams abordou esta corrida como um teste e refere ter ficado razoavelmente feliz apesar do “complicado” fim de semana em solo australiano.
No Grande Prémio que marcou o seu regresso à Fórmula 1, Kubica não escapou à última posição na qualificação e foi forçado a abandonar na sequência dos danos sofridos na fase inicial da corrida.
“Como era de esperar, não foi fácil”, disse Kubica. “Penso que era o único a arrancar com os pneus duros, por isso foi mais um teste para recolher informações.”
“Fiz um bom arranque mas infelizmente os pneus duros patinaram muito. Abordei a primeira curva com muitas cautelas.”
“Passei pela primeira curva e depois vi que o carro do Gasly se moveu muito para a direita. Penso que houve um toque entre ele o Sainz, mas vi no vídeo que ele se moveu muito para a direita e isso danificou a minha asa dianteira, algo que só percebi 100 metros depois.”
“Essa asa causou outros danos no carro e fomos forçados a parar. O carro não estava bom e passado três voltas perdi um dos espelhos, o que tornou as bandeiras azuis ainda mais difíceis.”
“Quando estava a rodar com a pista livre, disseram-me que o ritmo não era mau e que até estava a correr bem tendo em conta o estado do carro. Quase comecei a rir, porque dentro do carro as sensações eram muito más.”
Kubica, cuja qualificação foi comprometida por uma colisão com o muro, acabou por abandonar a três voltas do fim mas afirma estar satisfeito com a forma como lidou com os desafios do fim de semana.
“Existem alguns aspetos positivos”, acrescentou. “Penso que no Sábado não podia estar feliz, foi um dia complicado.”
“A corrida foi provavelmente ainda mais complicada, mas das coisas que tinha de controlar, penso que fiz um trabalho razoavelmente bom e isso deu-me confiança.”
“No geral, saio da Austrália com mais experiência e razoavelmente feliz, embora nunca pensasse que diria algo como isto depois de ficar tão longe dos outros.”
“Mas estamos numa fase diferente e é preciso perceber que não é fácil e que temos de usar os fins de semana como um teste.”