Andrea Stella, diretor de equipa da McLaren, revelou que o MCL39 de 2025 apresenta alterações significativas face ao MCL38 que levou a formação de Woking ao título de construtores em 2024.
A equipa de Lando Norris e Oscar Piastri tornou-se esta quinta-feira a primeira a rodar em pista com o seu carro de 2025, estreando o MCL39 durante um dia de filmagens em Silverstone.
Embora a competitividade do MCL38 de 2024 tenha contribuído para que a equipa conquistasse o seu primeiro campeonato de construtores desde 1998, o seu sucessor incorpora inovações em todas as áreas.
“Este carro é inovador”, disse Stella. “É um carro em que tentámos elevar a fasquia em muitas áreas, incluindo o layout de base.”
“É algo que avaliámos cuidadosamente, porque o MCL38 já era um carro competitivo, por isso tínhamos de ser conscientes e ponderados quanto ao grau de inovação que queríamos. Mas, em última análise, optámos por uma abordagem relativamente desafiante em termos do grau de inovação neste carro. O objetivo é, predominantemente, ganhar eficiência aerodinâmica. Ao mesmo tempo, ainda queríamos fazer algumas melhorias em termos de interação com os pneus e no que se pode fazer para melhorar o ritmo de corrida.”
“Praticamente todos os componentes fundamentais do layout foram objeto de alguma inovação para obter, por vezes não apenas ganhos marginais, algumas oportunidades técnicas de desenvolvimento. Tudo foi sujeito a otimização, por vezes de forma incremental, outras vezes de forma substancial.”
Stella referiu que a proximidade entre as equipas da frente ao longo da campanha de 2024 impediu a McLaren de adotar uma abordagem conservadora na conceção do novo carro.
“Tentámos ser tão rápidos quanto possível em termos de desenvolvimento do carro, o que significa que haverá algumas atualizações durante as primeiras corridas da época, mas isto teria sido igual mesmo sem as alterações aos regulamentos de 2026 que se avizinham”, acrescentou.
“Estamos bem conscientes de que na temporada passada, mesmo que tenha sido uma temporada de sucesso, as margens que tínhamos significavam que tínhamos de ser agressivos com o carro para tentar obter o máximo de desempenho possível. Essas margens eram tão pequenas que, tendo em conta o desenvolvimento que as outras equipas teriam tido, se não tivéssemos sido tão rápidos quanto possível em termos de desenvolvimento, poderíamos perder muito rapidamente qualquer vantagem que tivéssemos.”
“Com quatro equipas que, em qualquer fim de semana, estavam em condições de ganhar a corrida, é muito fácil passar da pole position para o oitavo lugar da grelha, por isso mantivemos o gás máximo em termos de desenvolvimento e vamos ver se conseguimos desenvolver mais do que os nossos concorrentes do carro de 2024 para o de 2025.”