Os construtores reuniram-se com a FIA e a FOM para discutir o futuro dos motores da Fórmula 1. As primeiras conclusões são de que as novas unidades motrizes deverão ser mais simples, mais potentes, mais ruidosas e mais baratas.
O pacto de concórdia garante aos fabricantes de motores estabilidade até o final de 2020, mas em 2021 tudo deverá mudar. Os atuais V6 Turbo são considerados demasiado caros e complicados. Além disso, o limite de 4 motores por época impede os pilotos de utilizarem o modo de potência máxima em grande parte da corrida e a redução para 3 unidades em 2018 irá conduzir a um aumento do dinheiro gasto em desenvolvimento.
No primeiro debate sobre o futuro do regulamento estiveram presentes Ross Brawn, como Diretor Técnico da FOM, Jean Todt e os construtores Mercedes, Ferrari, Honda, Renault, Audi e Ilmor. O primeiro ponto de discussão foi a relevância da F1 para os carros de estrada. Ross Brawn justificou o afastamento desta filosofia com o facto de que um carro de Fórmula 1, por causa das rodas descobertas, está muito distante de um carro de série ao nível da resistência ao ar e da aerodinâmica e, portanto, não precisa obrigatoriamente de utilizar um motor semelhante aos do carro de estrada.
Na reunião, levantou-se também a questão se cada fabricante teria de desenvolver a sua própria bateria e turbocompressor no futuro. Ambos os componentes são vistos como adequados a tornarem-se componentes padrão, uma vez que o seu desenvolvimento consome uma grande quantidade de dinheiro, mas não é visível aos olhos do grande público.
Todos os participantes foram convidados a apresentar propostas concretas dentro de dois meses, mas algumas ideias foram já debatidas.
O futuro motor poderá ser um V6 Biturbo, baseado na arquitetura atual. A este seria acoplado um potente motor elétrico, sendo o MGU-K o único método de recuperação de energia. O MGU-H deverá ser abandonado, uma vez que é caro e é a principal causa para o som baixo do atuais V6. O motor elétrico deverá atuar sobre o eixo dianteiro, podendo fornecer uma potência extra de 300 cv. Toto Wolff defendeu que a relação peso-potência do MotoGP deveria ser um modelo para a F1, podendo a potência da unidade motriz atingir os 1.225 cv, com base nos carros atuais.
No final da reunião, o presidente da FIA estava satisfeito com o resultados: “É positivo que todos os participantes tenham sido capazes de chegar a um acordo sobre a direção que queremos seguir com os motores da Fórmula 1”.