A Pirelli revelou que está a planear introduzir um composto mais macio na temporada de 2025.
O fabricante italiano levou esta semana a cabo uma sessão de testes com a Ferrari no traçado de Paul Ricard para dar continuidade ao desenvolvimento dos compostos para o próximo ano.
O programa do teste de dois dias incluiu uma primeira experiência com um composto mais macio que a Pirelli pretende utilizar em alguns circuitos citadinos.
Atualmente, a Pirelli dispõe de seis compostos para piso seco, numa gama que varia entre o C1 (mais duro) e o C5 (mais macio).
“Recolhemos muitas informações de qualidade – finalizámos mais ou menos a construção dos pneus slick para 2025”, disse Mario Isola, diretor da Pirelli Motorsport.
“Temos compostos muito promissores para reduzir o sobreaquecimento para 2025. A ideia é introduzir também um novo composto C6, mais macio, porque no calendário temos cada vez mais circuitos citadinos e precisamos de compostos mais macios.”
“Por isso, vamos mudar um pouco a gama para o lado mais macio, tentando sempre reduzir o sobreaquecimento. O verdadeiro problema é encontrar o compromisso correto entre o sobreaquecimento e a degradação, porque precisamos de manter a degradação mas reduzir o sobreaquecimento. E isso nem sempre é fácil porque os dois elementos estão ligados.”
Isola afirmou que a ideia de produzir um composto mais macio partiu da própria Pirelli.
“Foi uma ideia nossa, tendo em conta o calendário e os locais onde vamos correr”, acrescentou. “E, obviamente, o nosso objetivo é encorajar uma mistura entre estratégias de uma e duas paragens. Por isso, fizemos uma proposta para termos pneus um pouco mais macios.”
“O pedido era para reduzir o sobreaquecimento. O risco é que, se reduzirmos o sobreaquecimento, eles mudam menos, porque obviamente podem fazer mais voltas sem grande degradação. Se formos nesta direção, precisamos de ter compostos mais macios na gama para selecionar os compostos corretamente para cada evento.”
“Por isso, a nossa proposta era não ter quaisquer restrições quanto ao número de homologações. Dissemos: ‘Vamos pensar num C6, mais macio do que o C5, que pode abrir diferentes estratégias’ e testámos um em Paul Ricard há alguns dias. É a primeira tentativa, mas a ideia é ir nesta direção.”