A Red Bull revelou que Daniel Ricciardo levou de vencida o Grande Prémio do Mónaco com um carro que tinha perdido cerca de 25% da potência depois de uma falha no MGU-K à 18ª volta.
Durante a corrida, Ricciardo reportou uma falha de potência que permitiu a aproximação de Sebastian Vettel e intensificou a luta pela vitória no Mónaco.
Mas depois de resistir à pressão do alemão e garantir o triunfo, Christian Horner, diretor da Red Bull, destacou o desempenho de Ricciardo e explicou as dificuldades sentidas pelo australiano.
“Ele perdeu cerca de 25% da potência do motor”, disse Horner. “E depois, devido à forma como estes motores trabalham, a temperatura dos travões traseiros também aumentou muito.”
“Vimos isso acontecer com o Lewis Hamilton e o Nico Rosberg há alguns anos em Montreal.”
“Ele teve de arrefecer os travões, arrefecer o carro e levantar o pé para fazer isso enquanto tinha o Sebastian a respirar na sua traseira. Não podia cometer um erro ou bloquear uma roda.”
“Ele teve de lidar com todas as alterações e com as coisas que tinha de gerir e conseguiu fazê-lo na perfeição. Foi o melhor hoje.”
Uma falha no sistema de recuperação de energia de um monolugar de Fórmula 1 provoca não só uma perda instantânea de cerca de 160 cavalos de potência, como também uma súbita subida da temperatura dos travões.
“Foi inacreditável”, disse Horner. “Ele não ia desistir da corrida este fim de semana depois de ter sido o mais rápido em todas as sessões.”
“Perdemos o MGU-K à 18ª volta e isso significa uma perda de 2,5 segundos por volta.”
“Depois as temperaturas dos travões e dos pneus também se descontrolam e ele geriu tudo isso como se fosse um passeio de Domingo à tarde.”
“Estavam a avisar-me de que teríamos de abandonar mas eu disse que estávamos na liderança e não íamos desistir.”
“Alterar as definições no volante, conduzir, poupar combustível, poupar pneus, poupar travões, perguntar qual o ritmo do Max com os pneus… Foi uma corrida incrível da parte dele.”